Aos goianos, que estão aproveitando as manhãs e noites mais geladas nas últimas semanas, a notícia não é muito boa. O inverno, que começou no último dia 21, promete ser quente e mais seco do que o de costume. O Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) fez um alerta para a baixa umidade do ar para os próximos meses.

Ao Jornal Opção, o gerente do Cimehgo André Amorim explicou que em anos anteriores não tivemos forte influência do El Niño, fenômeno que aquece às aguas do oceano Atlântico, e que promete este ano promete elevar as temperaturas no Brasil.

“Nós temos o avanço de uma frente fria que vem avançando da região sudeste do Brasil e que acabou causando áreas de instabilidade em Goiás. Mas isso não deve se repetir, a tendência é de aumento médio de 2 graus nas temperaturas, principalmente em julho e setembro, e de tempo muito seco”, disse.

O estado de atenção para a umidade do ar é considerado entre 21% e 30%, isto porque o percentual ideal é acima de 60%. Além disso, Amorim destaca que nestes dias o tempo deve ficar mais seco gradativamente e pico mais baixo por volta das 15h, a umidade pode chegar a 25%.

“Em agosto e setembro costumam ser os piores meses em relação a baixa umidade do ar, onde provavelmente entramos em estado de alerta e depois de emergência. Então, por enquanto não temos uma previsão de alívio para esse tempo seco” diz André.

Inverno atípico

O inverno chegou e só termina no dia 23 de setembro. Em Goiás, a presença de massa de ar seco predomina nesta época do ano, provocando a queda da umidade relativa do ar. Dessa forma, caem os níveis de chuva, aumenta o risco de queimadas e também surgem mais casos de doenças respiratórias. Neste ponto, o recomendado pelas organizações de saúde, é diminuir atividades físicas de grande esforço durante o pico do sol e aumentar a ingestão de líquidos.