Campos Belos, no Nordeste goiano, ganha fábrica de Bioinsumos
18 outubro 2024 às 12h18
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A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) inaugurou a quarta biofábrica do Centro de Excelência em Bioinsumos (CEBIO), localizada na Unidade de Transferência de Tecnologia do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) em Campos Belos, no Nordeste do estado.
Essa inauguração representa um importante avanço no uso de bioinsumos, com benefícios diretos para a agricultura familiar e comunidades locais, como a quilombola Kalunga, promovendo o desenvolvimento socioeconômico e ambiental sustentável.
Marcos Arriel, presidente da Fapeg, destacou a importância da ciência e inovação para o crescimento regional, afirmando que o governo estadual está comprometido em levar tecnologia e pesquisa para todas as áreas de Goiás. “Hoje é um dia histórico para o IF Goiano, para a Fapeg e, principalmente, para a região de Campos Belos. Estamos vivendo um momento de expansão da pesquisa para o interior”, declarou Arriel, durante sua primeira visita à região.
O evento contou também com a presença de autoridades acadêmicas e locais. O professor Alan Carlos da Costa, Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do IF Goiano, elogiou o apoio da Fapeg na expansão da pesquisa no interior e destacou o impacto que a nova biofábrica terá na redução de custos na produção agrícola e no fortalecimento da agricultura familiar. “A biofábrica de Campos Belos reforça os pilares econômico, social e ambiental que o CEBIO busca fortalecer”, afirmou.
O professor Alexandre Igor, diretor-geral do CEBIO, ressaltou o papel estratégico da biofábrica de Campos Belos na disseminação de conhecimento e práticas sustentáveis. Ele também mencionou os esforços do centro em promover diálogos internacionais e criar oportunidades para os estudantes da região.
“O CEBIO está rompendo barreiras, e a UTT de Campos Belos tem sido um exemplo nesse processo. Já estamos em conversas com diversos parceiros internacionais, construindo um futuro promissor com uma visão de bioinsumos que une ciência, economia e sustentabilidade”, comentou.
Um dos momentos mais marcantes do evento foi a participação das Mulheres Kalunga, que emocionaram o público ao compartilhar como os bioinsumos têm transformado suas vidas. Conhecidas como “Meninas da Floresta”, elas relataram suas experiências com técnicas sustentáveis e a valorização dos saberes tradicionais. “Nunca trabalhei para ninguém, trabalho para mim, para minha horta. Sou maravilhosa!”, afirmou Dona Fiota Kalunga, uma das líderes da comunidade.
Desigualdade Salarial entre Níveis de Escolaridade
Trabalhadores com ensino superior ganham mais que o dobro dos profissionais com menor escolaridade, segundo um estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). No segundo trimestre de 2024, o salário de quem possuía ensino superior completo era 126% maior do que o de pessoas com ensino médio ou superior incompleto.
Apesar de a diferença ser significativa, houve uma queda de 26 pontos percentuais em 12 anos. Em 2012, a disparidade salarial atingia 152%.
Janaína Feijó, pesquisadora do Ibre/FGV e coautora do estudo, destaca que, apesar da redução, a educação continuada continua sendo uma estratégia crucial para conquistar salários mais altos no mercado de trabalho. “A questão não é que esse retorno está diminuindo, mas que, mesmo na informalidade, quem tem ensino superior ainda ganha mais do que se não tivesse”, afirma a pesquisadora.
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