Bastidores
Em Aparecida de Goiânia, todos, tanto situação quanto oposição, temem o delegado Waldir Soares, do PSDB. A oposição ao prefeito Maguito Vilela teme que, por não ter conexões na cidade, se for eleito prefeito, Waldir Soares governe com uma turma de fora. A situação avalia que, por ser popular, o delegado será muito difícil de ser derrotado.
O advogado Reginaldo Martins — que, de tão sem arestas, é até chamado por alguns aliados o governador Marconi Perillo de “deputado” — é o chefe de gabinete de Henrique Tibúrcio na Secretaria de Governo. A jornalista Thaís Couto — filha do ex-zagueiro do Goiás Alexandre — comanda a comunicação da secretaria gerida por Tibúrcio.
Se o PT lançar candidato a prefeito de Aparecida de Goiânia, há alguma possibilidade de o PSDB bancar o vice do candidato do PMDB? “É possível, mas muito difícil”, sugere um peemedebista-maguitista. “Maguito e o governador Marconi Perillo se dão muito bem”, acrescenta.
A Primetek, gigante goiana da área de informática, comprou a CTIS e tende a se tornar a rainha de Brasília. A presidente da Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg), Helenir Queiroz, assinala: “Rodrigo Jesuíno, da Primetek, é um empresário arrojado e está de olho no Distrito Federal. Brasília é a corte brasileira e um mercado poderoso. Os grupos Saga, Fujioka e Novo Mundo entraram na capital federal com sucesso”.
Apesar do desgaste do prefeito de Rio Verde, Juraci Martins (PSD), o deputado federal Heuler Cruvinel (PSD) permanece como favorito para a disputa da prefeitura, em 2016. Por três motivos. Primeiro, tem recursos financeiros suficientes para bancar uma campanha dispendiosa. Segundo, terá o apoio do prefeito Juraci Martins, que, apesar do desgaste, controla uma máquina financeira poderosa. Terceiro: o jovem deputado tem capacidade de articulação e mobilização, o que comprova sua reeleição.
O diretório municipal do PT de Aparecida rejeita a candidatura do vice-prefeito Ozair José para prefeito, em 2016. O vereador Helvecino Moura afirma que, se Ozair José — chamado de Patinho Feio ou “corpo estranho” no PT de Aparecida — tentar ser candidato, vai apresentar seu nome para a disputa ou então vai bancar seu genro, Adriano Montovani. Há algum tempo, por não aceitar a aliança do PT com o prefeito Maguito Vilela (PMDB), Helvecino Moura foi suspenso pela cúpula do PT. Rubens Otoni fez um acordo e impedia a expulsão do vereador. Porém, como levou Ozair José para o PT, é possível que o deputado federal desta vez aceite e até patrocine o afastamento de Helvecino Moura.
O diferencial de Paulo do Vale, possível candidato do PMDB a prefeito de Rio Verde, será o apoio de Júnior Friboi. Se o empresário estiver disposto a ajudá-lo, sobretudo com seus fartos recursos financeiros, aí o peemedebista passa a ser um forte adversário para o milionário Heuler Cruvinel. Paulo do Vale também precisa conquistar o apoio do PT de Karlos Cabral e do PRTB de Leonardo Veloso. Se disputar sozinho, sem uma aliança consistente, será caititu fora do bando para a armada de Heuler Cruvinel.
A Odebrecht Ambiental deve concluir a estação de tratamento de esgoto de Aparecida de Goiânia em abril. A prefeitura conseguiu R$ 327 milhões para fazer rede de esgoto.
De um petista dos mais articulados: “O verdadeiro ‘inimigo’ ou ‘adversário’ do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), não é o governador Marconi Perillo e tampouco o presidente da Agetop, Jayme Rincón. É o próprio petista. Ele só ouve o que quer ouvir, cerca-se de auxiliares que não lhe dizem a verdade e não têm coragem de apresentar os responsáveis efetivos pelos problemas da prefeitura”.
Um repórter do Jornal Opção travou um diálogo com um peemedebista e amigo íntimo do ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende. Assunto básico: o proverbial pão-durismo do peemedebista-chefe. Procede que Iris Rezende tem uma cascavel no bolso?, quis saber o repórter. O peemedebista, que atuou fortemente no Congresso Nacional, redarguiu: “Não é verdade, não.” “Como assim?”, insistiu o jornalista. O ex-parlamentar disse, rindo: “Você não esperou eu concluir minha resposta. De fato, Iris não tem uma cascavel no bolso. Ele tem duas cascavéis nos bolsos”.

Além da ligação positiva com a secretária da Fazenda do governo de Goiás, Ana Carla Abrão Costa, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem outro conhecido em Goiás: o conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios Virmondes Cruvinel.
Quando Joaquim Levy, conhecido como “Mãos de Tesoura”, era chefe do Tesouro Nacional do governo de Lula da Silva, ele e Virmondes Cruvinel tiveram a oportunidade de conversar durante algum tempo. “Ele é uma pessoa centrada no que faz, gentil e bem informado sobre o que ocorre na economia do país. Não importa se é um Estado periférico, emergente ou desenvolvido como os da região Sul e Sudeste”, conta Virmondes.
Há nove anos, em 2005, o TCM promoveu o 1º Ciclo de Palestras com convidados especialistas na área jurídica e contáveis. Joaquim Levy era um dos ilustres palestrantes.
O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil-Seção de Goiás Felicíssimo Sena está internado, mas passa bem e deverá receber alta brevemente. Não é nada grave. Ele apenas passa por uma fase de estresse. Felicíssimo Sena, um dos mais competentes advogados de Goiás e dono de um escritório azeitado, é também um dos responsáveis pela hegemonia de um grupo no comando da OAB goiana.
A oposição banca Lúcio Flávio (ou o desembargador Paulo Teles), especialista em processo civil, para presidente da OAB-Goiás em novembro deste ano. Ele é sócio do desembargador aposentado Jamil Pereira de Macedo num azeitado escritório de advocacia. O advogado Leon Deniz, que não planeja mais disputar o comando da OAB, vai apoiar Lúcio Flávio.
A coluna “Brasília-DF”, assinada pela experimentada Denise Rothenburg, do “Correio Braziliense”, publica uma reclamação de um deputado que saiu do PTB atirando no presidente do partido, o goiano Jovair Arantes.
A íntegra da nota: “Ao sair do auditório do BC [Banco Central], onde foi a posse de Armando Monteiro Neto, Sílvio Costa (PE) encontrou o vice-presidente do PTB, Benito Gama. Foi só cobrança ao explicar por que trocou o PTB pelo PSC: ‘É um desrespeito! O PTB tem 18 deputados e o Jovair (Arantes, PTB-GO) transformou numa Venezuela. É líder pela 8ª vez e caminha para a 9ª. Por isso, eu saí. Não tenho nada contra ele, mas foi a favor de mim mesmo!’, afirmou. Benito apenas sorriu amarelo”.
O texto está na edição de quinta-feira, 8, do “Correio Braziliense”, na página 4.

[gallery type="rectangular" ids="22607,22613,22048,18110"] O Jornal Opção pediu para 20 políticos de 10 partidos avaliarem quais foram os melhores políticos de Goiás em 2014. Resulta que a lista não é do Jornal Opção, e sim dos políticos. Nenhuma lista agrada todo mundo. Esta desagradará sobretudo os que não foram citados. Foram três os critérios: sucesso eleitoral, habilidade na articulação política e capacidade administrativa. Uns foram citados pelo sucesso obtido nas últimas eleições — caso de Lucas Vergílio e Gustavo Sebba. Rubens Otoni e Ronaldo Caiado foram apontados por todos como os deputados mais atuantes. Thiago Peixoto não aparece na lista. A maioria dos votantes admite que foi um secretário da Educação eficiente e moderno, mas, apesar de eleito, teve uma “votação insatisfatória”. Adib Elias, bem votado, não é citado. Os “eleitores” — mesmo os do PMDB — dizem que é um “político em decadência e do passado”. Edward Madureira aparece na lista, apesar de derrotado para deputado federal. Os “eleitores” sugerem que, apesar da derrota, obteve quase 60 mil votos, o que, para um marinheiro de primeira viagem e sem dinheiro, é visto como “positivo”. A lista:
- Adriana Accorsi (PT) — deputada estadual;
- Agenor Mariano (PMDB) — vice-prefeito de Goiânia;
- Alexandre Baldy (PSDB) — deputado federal;
- Anselmo Pereira (PSDB) — presidente da Câmara Municipal de Goiânia;
- Bruno Peixoto (PMDB) — deputado estadual;
- Célio Silveira (PSDB) — deputado federal;
- Daniel Vilela (PMDB) — deputado federal;
- Delegado Waldir Soares (PSDB) — deputado federal;
- Diego Sorgatto (PSD) — deputado estadual;
- Eduardo Machado — presidente nacional do PHS;
- Edward Madureira (PT) — ex-reitor da UFG;
- Elias Vaz (PSB) — vereador;
- Ernesto Roller (PMDB) — deputado estadual;
- Eurípedes Júnior — presidente nacional do Pros;
- Fábio Sousa (PSDB) — deputado federal;
- Flávia Morais (PDT) — deputada federal;
- Francisco Júnior (PSD) — deputado estadual;
- Giuseppe Vecci (PSDB) — deputado federal;
- Gustavo Sebba (PSDB) — deputado estadual;
- Helio de Sousa (DEM) — presidente da Assembleia Legislativa de Goiás;
- Henrique Arantes (PTB) — deputado estadual;
- Heuler Cruvinel (PSD) — deputado federal;
- Humberto Aidar (PT) — deputado estadual;
- Humberto Machado (PMDB) — prefeito de Jataí;
- Jayme Rincon (PSDB) — presidente da Agetop;
- Jean Carlo (PHS) — deputado estadual;
- José Eliton (PP) — vice-governador;
- Jovair Arantes (PTB) — deputado federal;
- Lêda Borges (PSDB) — deputada estadual;
- Lincoln Tejota (PSD) — deputado estadual;
- Lucas Vergílio (SD) — deputado federal;
- Lúcia Vânia (PSDB) — senadora;
- Luis Cesar Bueno (PT) — deputado estadual;
- Maguito Vilela (PMDB) — prefeito de Aparecida de Goiânia;
- Mané de Oliveira (PSDB) — deputado estadual;
- Marconi Perillo (PSDB) — governador de Goiás;
- Marcos Abrão (PPS) — deputado federal;
- Marquinho do Privê (PSDB) — deputado estadual;
- Paulo Cezar Martins (PMDB) — deputado estadual,
- Pedro Chaves (PMDB) — deputado federal;
- Roberto Balestra (PP) — deputado federal;
- Ronaldo Caiado (DEM) — senador;
- Rubens Otoni (PT) — deputado federal;
- Talles Barreto (PTB) — deputado estadual;
- Tayrone di Martino (PT) — vereador;
- Vilmar Rocha — presidente do PSD e
- Virmondes Cruvinel Filho (PSD) — deputado estadual