Bastidores

[caption id="attachment_40194" align="alignleft" width="620"] Juraci e Lissauer estariam insatisfeitos com o deputado federal Heuler Cruvinel | Foto: Divulgação[/caption]
A possível ida do deputado estadual Lissauer Vieira e do prefeito de Rio Verde, Juraci Martins, ambos do PSD de Vilmar Rocha, para o PP do vice-governador José Eliton, tem causado pequenos desconfortos na base do governo.
A questão: membros do PSD dispararam afirmações de que o PP estaria “sondando” os pessedistas no interior. Em sua defesa, os pepistas dizem que não, mas que não recusarão quem quiser se filiar ao partido.
Segundo um jovem político do PP, Juraci e Lissauer, insatisfeitos com o deputado federal Heuler Cruvinel, querem é deixar o PSD. "Não importa para qual partido. O PP foi apenas uma das possíveis escolhas deles", diz.
O motivo da briga: Heuler quer ser candidato a prefeito. Juraci, que não quer apoiá-lo, prefere Lissauer. Na falta de espaço, partem para outra legenda no intuito de disputar o pleito do ano que vem.
O contrato de concessão da Saneago deverá ser, oficialmente, finalizado dentro dos próximos três meses. As informações são do presidente, José Taveira, que já garantiu a renovação. A renovação foi negociada pela diretoria de Expansão da Saneago com a Secretaria de Finanças da Prefeitura, sob a tutela de Jeovalter Correia, que estabeleceu um cronograma com a equipe técnica da instituição, que não foi divulgado pela Prefeitura. Porém, Taveira garante: o martelo foi batido. Falando em Saneago, o governo conseguiu linha de financiamento junto ao banco suíço Credit Suisse para o término do sistema de distribuição de água da barragem do João Leite. O sistema deverá entrar em funcionamento de modo efetivo no primeiro semestre de 2016.
Depois que o Jornal Opção informou a ida de Saulo Furtado e Alfredo Bambu, ambos do PEN, para o PMDB de Iris Rezende, assim como a articulação feita pelo senador Ronaldo Caiado (DEM) nas prefeituras do interior, a imprensa goiana começou a avaliar a situação peemedebista para 2016. Esqueceram-se, porém, de falar os motivos pelos quais Iris ainda tenta camuflar sua já certa candidatura. Assim como Vanderlan Cardoso (PSB), Iris não pode se colocar na linha de frente agora. Não é hora. Os motivos: 1) Pode queimar oportunidades se já se firmar como candidato; 2) O PMDB ainda não voltou a ser irista. Estão lá Maguito e Daniel Vilela para provar isso.

O Pros, do goiano Eurípedes Júnior, diz que não tem conversado com Júnior Friboi sobre uma possível filiação, caso ele não consiga ficar no PMDB, mas que o aceitará de braços abertos, se ele quiser se unir ao partido.
O vereador de Goiânia Milton Mercez ficou sem partido no fim do mês passado, quando foi expulso do PTB de Jovair Arantes. O motivo da expulsão não ficou claro, mas é certo que o vereador, já veterano — está em seu sétimo mandato —, se sentia isolado na legenda. “Com certeza vai acontecer”, diz um pepista. Inicialmente, o vereador quis “dar um tempo” da política. Contudo, o parlamentar parece ter mudado de ideia, uma vez que sua filiação ao PP do governador José Eliton já é dada como certa. Mercez tem se aproximado das lideranças do partido e já teve algumas reuniões com o deputado federal Sandes Júnior e com outras figuras proeminentes do partido na capital. Se confirmada a filiação de Mercez, o PP dá um passo importante em sua busca de requalificar o partido com vistas nas eleições municipais do ano que vem, pois passa a ter um vereador na capital — ainda não tem nenhum. A sigla que tem mais vereadores é o PMDB, com seis; seguido do PSDB, com cinco.
Renato Bernardes, jovem político do PP, diz que em sua avaliação há duas figuras promissoras em Goiás que deverão dividir o futuro político do Estado: o primeiro é o deputado estadual Marco Palmerston (PSDB), o Marquinho. “É um rapaz promissor e que tem tudo para herdar a força do PSDB. Deverá se candidatar à Câmara Federal nas próximas eleições e, em poucos anos, já poderá ser apontado como nome à disputa ao governo do Estado”, afirma Renato. O segundo nome apontado pelo pepista é o do deputado federal Daniel Vilela (PMDB), que “herdará todo o legado de seu partido. Já é um excelente quadro e ainda conta com o suporte político de seu pai, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela”. Renato não tem dúvida: dentro de uma década, “no máximo, esses dois irão disputar o espaço político de Goiás”.
Depois de trocar o PP pelo PSB e de se aliar ao antigo opositor PSD, do vereador Iratã Abreu — filho da ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB) —, o prefeito de Palmas, Carlos Amastha agora também quer o PT na aliança para 2016. E a busca pelo apoio petista deverá ser feita por meio de uma composição nacional, intermediada pelo deputado federal e presidente estadual do PSD no Tocantins, Irajá Abreu, e pelo senador Donizeti Nogueira (PT). A intenção de Amastha é aglomerar o máximo de partidos para fortalecer sua candidatura à reeleição. Até o momento, o prefeito tem o apoio de pelo menos oito partidos com votação expressiva na capital tocantinense: PMDB, PSB, PSDB, PSD, PP, PCdoB, PSL e PTN.
No Tocantins a articulação já está a todo vapor. Em Paraíso, o atual prefeito, Moisés Avelino (PMDB), ainda não se decidiu se vai à reeleição. Porém, é o candidato natural para a disputa. Em Porto Nacional, há interesse dos deputados estaduais Ricardo Ayres (PSB) e Valdemar Júnior (PSD). Porém, será uma eleição acirrada. Bem avaliado, o atual prefeito, Otoniel Andrade (PSDB), é cotado como forte candidato à reeleição. “É quase certa a reeleição de Otoniel”, diz um jovem político da cidade. Em Araguaína, os pré-candidatos são os deputados estaduais Valderez Castelo Branco (PP), Jorge Frederico (SD). O deputado Olyntho Neto (PSDB) ainda não se declarou, embora demonstre interesse.
No Entorno do Distrito Federal a situação não é boa para os prefeitos. Todos estão mal avaliados e com pouquíssimas chances de reeleição. Abre possibilidade para quem tem articulado. Em Luziânia, Ernesto Roller (PMDB), embora diga que está focado em seu mandato de deputado estadual, tem articulado fortemente. É o favorito contra o governo do prefeito Cristóvão Tormin (PSD).
Recentemente adquirida pelo grupo francês Bureau Veritas, o Sistema Pri Engenharia, de São Paulo, tem demonstrado interesse no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia). A empresa, que já conhece o distrito — foi responsável pelo gerenciamento do complexo de obras da Química Amparo/Ypê —, está de olho no grupo texano CCD Biofuels & Energy, LLC, que deverá instalar um Parque de Energia Verde em Anápolis com produção de biodiesel a partir de algas.

A taxa média de desemprego no Brasil alcançou seu maior patamar no trimestre encerrado em maio: 8,1%, uma média muito maior que a do mesmo período do ano passado. A maior dos últimos três anos, na verdade. Com 10% de queda da massa salarial nacional, a preocupação dos empresários é que esta crise chegue a Goiás já no próximo semestre. A secretária da Fazenda de Goiás, Ana Carla Abrão, não refuta a possibilidade, mas diz que a situação do Estado ainda está melhor que a nacional. Segundo ela, o Estado tem a vantagem de ter conseguido maior fôlego nos últimos anos e que isso deverá dar aos empresários melhores condições em seus empreendimentos, sobretudo porque demitir é sempre a última alternativa em uma empresa, pois é caro. Contudo, Ana Carla alerta: “Se não tivermos um sinal positivo na economia nacional nos próximos meses, temo que haja uma onda de instabilidade”.
A transferência de capital, de Goiânia para a Cidade de Goiás, será adiantada neste ano. Geralmente realizada no dia 26 de julho, data de fundação da antiga Vila Boa, a transferência passará para o dia 24 pelo fato de que o dia 26 dará no domingo. Como capital simbólica, a Cidade de Goiás, volta a ser o centro do governo do Estado até a segunda, 27.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Goiás vai entregar as obras do Museu de Arte Sacra da Boa Morte e da Escola de Artes Plásticas Veiga Valle no dia da transferência da capital: de Goiânia para a Cidade de Goiás, no dia 24 de julho. A obra no Museu foi iniciada no fim do ano passado em uma parceria com o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) com recursos do Fundo Nacional de Cultura (FNC). A intervenção no Museu teve por objetivo conservar o prédio, que foi construído para abrigar a Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, em 1779, e tombado como patrimônio histórico pelo Iphan em 1950. A igreja só se tornou museu em 1968. Já a restauração do casarão que abriga a Escola de Artes Plásticas Veiga Valle foi realizada com recursos do PAC Cidades Históricas. A Cidade de Goiás é um dos municípios no País em que as obras financiadas pelo PAC estão com nível mais acelerado de execução. Fora essa, há também: a Ponte da Cambaúba, restauração entregue em fevereiro deste ano, sendo a primeira obra do PAC-Cidades Históricas concluída no país; o Mercado Municipal; e o Arquivo Diocesano. As duas últimas intervenções ainda estão em andamento, mas a todo vapor.

[caption id="attachment_40046" align="alignleft" width="300"] Paulo Garcia cobre o rosto após errar nome de aliado pela segunda vez | Foto: Marcello Dantas/Jornal Opção Online[/caption]
O prefeito Paulo Garcia (PT) trocou o nome do vereador aliado Paulo Magalhães (SD) por Paulo Borges (PMDB) por duas vezes durante cerimônia de assinatura de ordem de serviço para ampliação da Marginal Botafogo, na manhã de quinta-feira, 6.
— É que eu tenho que conversar um assunto com o secretário [Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia], disse o petista.
— Você está brincando comigo!, retrucou o vereador, representante do Setor Pedro Ludovico.
— Eu não! Vou brincar é agora: falei com o Papa Francisco por telefone e ele te mandou um abraço, disse Paulo Garcia, fazendo referência à viagem à Roma no próximo dia 21.
— Diga a ele que eu não ando de avião nem de navio. Manda um abraço para ele.