Câmeras flagram ministro de Lula no Palácio com invasores em ato de 8 de janeiro
19 abril 2023 às 15h17
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Câmeras mostraram o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Marco Edson Gonçalves Dias, junto com vândalos no Palácio durante os ataques de 8 de janeiro. As imagens foram obtidas pela CNN nesta quarta-feira, 19.
O ministro supostamente teria mostrado a saída de emergência para os invasores. As câmeras também flagraram outros integrantes do gabinete dando apoio aos vândalos.
Um capitão do Exército também pode ser visto nas imagens. Ele está de camisa branca, sem terno e nem crachá de identificação. O militar teria conseguido água para os golpistas.
Nas imagens, ele até aperta a mão dos vândalos ao mesmo tempo em que o local era vandalizado. Apesar disso, o capitão é visto tentando acalmar uma pessoa do grupo, mas desiste quando ele pega um extintor de incêndio.
Esclarecimentos
O ministro prestaria, nesta quarta, esclarecimentos à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados sobre os ataques do 8 de janeiro, no mesmo dia em que as imagens foram reveladas.
A audiência pública foi solicitada pelo deputado Coronel Meira (PL-PE). De acordo com ele, Marco Edson Gonçalves Dias deve explicações sobre supostos alertas que o Governo Federal teria recebido dos ataques.
Além disso, o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) acionou a Procuradoria Geral da República (PGR) hoje contra Marco Edson Gonçalves Dias. Segundo a representação, o ministro cometeu crime de responsabilidade uma vez que não deu providências para impedir os ataques.
Os artigos 4 e 8, item 5, é crime de responsabilidade “não dar as providências de sua competência para impedir ou frustrar a execução desses crimes”.
Conforme Kataguiri, “as imagens de segurança evidenciam que o ministro do GSI, Marcos Edson, cometeu crime de responsabilidade e, para além disso, se omitiu em relação às providências que deveriam ter sido adotadas para evitar os ataques de 8 de janeiro, que colocaram em risco a segurança interna do país. Por essa razão, peço que a denúncia seja apreciada pelo procurador-geral da República”.