Saiba o que é a erisipela, infecção que acomete o presidente Jair Bolsonaro
18 novembro 2022 às 08h54
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Todo mundo sabe que Jair Bolsonaro (PL) desapareceu depois da derrota sofrida nas urnas para Lula (PT), agora presidente eleito. Parecia ser ponto pacífico que o sumiço estava atrelado ao estado de nervos do futuro ex-presidente, abalado com o fim melancólico de seu mandato caótico. Só que este pode não ser o único motivo, diz a coluna Radar, da revista Veja.
Segundo a publicação, interlocutores próximos de Bolsonaro disseram que o ainda ocupante do Palácio do Planalto estaria com um problema de saúde até certo ponto complicado, depois que feridas apareceram por toda a sua perna. Essas fontes disseram à Veja que os médicos da Presidência suspeitam que o líder de extrema direita esteja sofrendo de erisipela.
A erisipela se caracteriza por uma mancha vermelha, brilhante, saliente e dolorosa, de acordo com o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento. A doença afeta a camada mais externa da pele e os gânglios linfáticos próximos.
“As extremidades apresentam bordas distintas e não se misturam com a pele normal ao redor. A mancha é quente e firme quando tocada. Ocorre com mais frequência nas pernas e no rosto. Em algumas formas de erisipela, formam-se bolhas na pele. As pessoas geralmente apresentam febre alta, calafrios e uma sensação geral de indisposição (mal-estar)”, descreve o guia médico.
A doença é comumente causada pela bactéria Streptococcus do grupo A, segundo o Guia ABX, da Universidade Johns Hopkins, nos EUA.
O MedlinePlus, plataforma da Biblioteca Nacional de Saúde dos EUA, explica que a bactéria pode entrar por cortes ou feridas na pele.
Também existe a possibilidade de a infecção surgir por problemas com a drenagem através das veias ou do sistema linfático.
O diagnóstico normalmente é feito pelo médico em uma avaliação no próprio consultório. Exames laboratoriais podem ser solicitados, especialmente se o quadro não melhorar com antibióticos.
O tratamento pode ser feito com penicilina, mas também há casos em que é necessário o uso de antibióticos diferentes, como trimetoprima/sulfametoxazol, clindamicina ou doxiciclina. Em casos mais graves, existe a opção de vancomicina ou linezolida por via endovenosa.
Até o momento, o Palácio do Planalto não se manifestou sobre o estado de saúde de Jair Bolsonaro, mas sua insistência em desaparecer dos compromissos oficiais e públicos de seu final de mandato segue alimentando as suspeitas de que o futuro ex-presidente possa não estar bem.