A Diretoria de Vigilância em Zoonoses identificou ontem, 21, em casa do Setor Leste Universitário morcego com vírus da raiva. Desde 2021, o vírus circula em morcegos na Capital. Nota da zoonoses informa que o animal não teve contato direto com pessoas e/ou cães/gatos.

O morcego encontrado ontem pertence a espécie insetívora Nyctinomops laticaudatus. Em 2021, o vírus foi identificado morcego insetívoro Epitesicus diminutus no Parque Santa Cruz e, no ano de 2022, foi registrado outro caso de raiva em morcego frugívoro Artibeus lituratus na região noroeste (Setor Novo Planalto).

No ano passado, foram registrados dois casos de raiva em felinos, ambos causados por variante vinda de morcego. De acordo com a zoonoses, a transmissão ocorre pelo contato acidental entre cães e/ou gatos não vacinados com o morcego infectado.

Os cães e gatos que tiverem contato com morcegos devem ser notificados à Diretoria de Vigilância em Zoonoses, para que estes possam ser vacinados contra raiva e monitorados por 180 dias.

Alerta

A ocorrência destas epizootias positivas coloca o serviço de vigilância em alerta sobre o risco de ocorrência de casos humanos, por isso é importante que as pessoas que tenham acidentes com animais (arranhaduras, mordeduras, etc.) procurem as Unidades de Saúde o mais rápido possível para avaliar a necessidade de profilaxia de raiva.

Sobre a doença

A raiva é uma doença infecciosa viral aguda. Acomete mamíferos, inclusive o homem, e tem letalidade de aproximadamente 100%. É transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, mas também pode ser pela arranhadura e/ou lambedura desses
animais.

Orientações:
· Em casos de acidentes com animais domésticos, silvestres e principalmente morcegos, procurar uma Unidade de Saúde o mais breve possível para avaliação da profilaxia de raiva adequada para o caso;
· Ao se deparar com um morcego morto, caído ou encontrado em horário e local não habitual (Ex.: pousado em local claro durante o dia) entrar em contato com a Unidade de Zoonoses para que seja feito o recolhimento do animal pelos telefones (62) 3524- 3131 3524-3124 horário comercial e (62) 3524-3130 no período noturno, finais de semana e feriados.

· Evitar contato físico com o morcego para minimizar o risco de acidente; isolando-o com panos, caixas de papel ou balde, ou mantê-lo em ambiente fechado para aguardar a captura por pessoas capacitadas.
· Informar à Diretoria de Vigilância em Zoonoses se cães e/ou gatos da residência/local de trabalho tiverem contato com morcegos;

· Manter cães e gatos (maiores de 3 meses) com a vacinação antirrábica em dia (uma vez ao ano), seja na campanha de vacinação ou nos postos permanentes disponíveis durante todo o ano (Sede da DVZoonoses e Hospital Veterinário da EVZ/UFG);

· Os morcegos são animais de extrema importância para a natureza; portanto, quando voando livremente no período noturno não são considerados animais suspeitos, e nessas condições não oferecem risco desde que não sejam manipulados.