A Prefeitura de Goiânia decidiu decretar situação de emergência de dengue, nesta terça-feira, 12. O titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Wilson Pollara, em entrevista coletiva, disse que a medida é em decorrência do aumento de casos e óbitos da doença. Até o momento, foram registrados um óbito e 10 casos estão sendo investigados, segundo o boletim epidemia.

O decreto assinado pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos) está previsto para sair em edição do Diário Oficial do Município (DOM) ainda nesta segunda. “Nós atingimos os níveis necessários para que isso [emergência] seja feito. Nós temos duas situações. A primeira situação, do Ministério da Saúde, que é a manutenção durante quatro meses crescente de casos, e segundo, também do Ministério da Saúde, quando o número de casos por mês ultrapassa a média dos últimos cinco anos. Então, isso caracteriza a emergência”, explicou.

Pollara pontuou que a Capital está com cinco mil casos, o que permite a decretação de emergência. Com isso, segundo o secretário, o Paço deve receber recursos emergências do Ministério da Saúde (a estimativa inicial é de R$ 5 milhões), para realizar contratações de agentes e adquirir insumos com a dispensa de licitação.

Questionado sobre a utilização das oito novas armadilhas para os mosquitos, o secretário lembrou que os equipamentos chegaram ao município na sexta-feira, 8, e que ainda não foram colocados em uso.    

Embora tenham sido chamados 200 agentes de endemias no ano passado, o que totaliza mais de 250 efetivos, o superintendente de Vigilância em Saúde, Pedro Moraes, salienta que com a situação de emergência outros profissionais devem ser contratados. “Com este decreto vai facilitar a gente contratar mais efetivo, fazer aquisição de produtos e insumos e serviços ao combate ao mosquito”.

Paralisação de médicos

Ao mesmo tempo, nesta segunda, o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) anunciou a paralisação de advertência de 24 horas para esta quarta-feira, 13, a partir das 7 horas da manhã. As principais reclamações dos médicos são atrasos de pagamentos e desvalorização profissional pela chamada pejotização (contrato por CNPJ).

Ao Jornal Opção, Pollara rebateu os atrasos de pagamentos aos médicos e ressaltou que os contratos via pessoa jurídica são uma opção para o profissional e para o setor público. De acordo com ele, esses profissionais têm ganhos maiores com esta modalidade. “Sobre o concurso público, para você ter uma ideia, tínhamos 17 vagas do processo anterior, fizemos o chamamento, sabe quantos vieram? Apenas oito. Sabe quantos foram efetivados? Apenas quatro”, frisou.

O secretário destacou que pelo contrato com CNPJ o profissional paga menos impostos, do que o servidor público, que tem os descontos no contracheque.

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