O segredo (não tão secreto) para perder peso e emagrecer
10 dezembro 2022 às 13h40

COMPARTILHAR
O processo para perder peso e emagrecer está longe de ser um “segredo”, ao contrário, é muito simples, na verdade. Ao contrário do que muitos buscam, não existe uma “fórmula mágica” para emagrecer, sem deixar de comer besteiras e continuar sedentário. Da mesma forma que não tem como ganhar dinheiro fácil sem trabalho.
Com o objetivo de desvendar os mitos e verdades para se perder peso, o Jornal Opção conversou com Sandra Rodrigues, nutricionista do Goiás Esporte Clube. E como esperado, o “milagre” de fato não existe. “O que realmente emagrece é o déficit calórico, ou seja, gastar mais calorias e ingerir menos”, apontou a profissional.
“A atividade física aliada à reeducação alimentar deve ser prazerosa, contínua, regular e programada”, contou a especialista em nutrição esportiva. “A dieta que funciona é aquela que o indivíduo consegue fazer por mais tempo, dentro de suas condições e sendo prática”, completou.
Rodrigues ainda destacou que outros hábitos não relacionados ao déficit calórico também são importantes para a redução de peso, como beber água e dormir bem.
Entretanto, ainda ressaltou que existem outros tratamentos médicos para o emagrecimento, quando os tradicionais não conseguem sucesso. “Por exemplo, o uso do balão intragástrico, a gastroplastia, que é um tratamento cirúrgico, e uso alguns medicamentos, se o médico achar necessário”, explicou a especialista.
Entretanto, conforme apontou o psicólogo Domenico Uhng Hur, professor de psicologia da Universidade Federal de Goiás (UFG), utilizar remédios ou até suplementos por conta própria é muito perigoso. “Hoje as pessoas são como pequenos médicos, pequenos farmacêuticos. Todo mundo sabe qual remédio tomar e em qualquer momento”, afirmou o docente.
“O problema é esse, é uma promessa de mudança de vida, que você vai emagrecer ou então vai ficar forte de um dia para o outro”, explicou o professor, alertando para os perigos da automedicação e da auto-suplementação. “Boa parte dos jovens não vão para uma nutricionista esportiva para saber qual suplemento tomar. Eles tomam porque o colega comenta ou indica”, completou.
Hur ainda aponta que ainda existe um uso “indiscriminado” de drogas para melhorar o desempenho além dos suplementos, como a testosterona. “Tanto por homens, mulheres e até adolescentes, o que é perigosíssimo porque acaba com o fígado e deixa várias sequelas no sistema cardiovascular. São pessoas que estão se automedicando achando que vão mudar de vida”, alertou o doutor em psicologia social na Universidade de São Paulo (USP).