De acordo com dados divulgados pelas Nações Unidas na última terça-feira, 12 de março, o número de óbitos de crianças menores de cinco anos atingiu um mínimo histórico globalmente. Contudo, apesar desse avanço, ainda não se alcançou um progresso satisfatório, uma vez que uma criança falece a cada seis segundos em média no mundo.

No Brasil, houve uma redução de 60% na mortalidade infantil em 2022, com a taxa diminuindo de 14 mortes por mil crianças. Globalmente, essa taxa é de 37 mortes por mil crianças, enquanto na Europa e nos Estados Unidos, é de apenas 5 óbitos por mil crianças.

Catherine Russell, diretora-executiva do Unicef, destacou que por trás desses números estão as histórias de parteiras e profissionais de saúde capacitados, que auxiliam as mães durante o parto, administram vacinas contra doenças fatais em crianças e realizam visitas domiciliares para apoiar as famílias.

Apesar dos avanços notáveis em países como Malauí, Ruanda, República Democrática do Congo, Camboja e Mongólia, onde a mortalidade infantil diminuiu mais de 75% desde 2000, o relatório do Grupo Inter-agência da ONU para a Estimação da Mortalidade Infantil indica que a taxa global de mortalidade de menores de cinco anos diminuiu apenas 51% desde o início do milênio.

O objetivo da ONU é reduzir as mortes infantis evitáveis para 25 por 1.000 nascidos vivos até 2030, porém, os progressos têm sido mais lentos desde 2015. O relatório ressalta que 59 países precisam de investimentos urgentes em saúde infantil, especialmente países com alta mortalidade na primeira infância, como Chade, Nigéria e Somália, que registram 80 vezes mais mortes do que países com baixas taxas de mortalidade infantil.