Médicos vinculados à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia anunciaram uma paralisação de advertência de 24 horas para esta quarta-feira, 13, com início previsto para às 7 horas. A decisão foi tomada durante uma Assembleia Geral Extraordinária Permanente realizada no dia 6 de março, conforme o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego).

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O sindicato alega que os gestores das Unidades de Saúde Pública não atenderam completamente às demandas apresentadas pelos profissionais da saúde. As principais preocupações da categoria incluem a desvalorização profissional através da pejotização, condições precárias de trabalho e atrasos nos pagamentos. 

O Simego também se opôs à forma de contratação defendida pelo atual secretário municipal de saúde, Wilson Modesto Pollara. Conforme o sindicato, Pollara enfatizou que, ao contratar uma Pessoa Jurídica, esta será responsável por cumprir a escala médica das unidades de saúde, substituindo profissionais ausentes por qualquer motivo. 

No entanto, o Simego argumenta que esse modelo viola a decisão do Conselho Municipal de Saúde (CMS) e descaracteriza o atendimento médico. Para o sindicato, nesse tipo de contratação, os médicos são tratados como profissionais descartáveis, sujeitos a serem substituídos a qualquer momento, sem garantias de segurança para exercer suas atividades. 

Ainda de acordo com o Simego, os profissionais atuariam diariamente com receio de serem dispensados. Em dezembro do ano passado, a categoria já havia realizado uma paralisação de advertência de 24 horas. O ato visava conscientizar sobre a falta de condições de assistência à população.

O Jornal Opção entrou em contato com a Prefeitura de Goiânia para que se posicionasse, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.