O aumento no número de casos de Covid-19, aliado à baixa adesão da vacina contra a doença acendeu, novamente, o alerta para o risco de morte provocado pelo vírus no estado que viveu seu auge de óbitos em 2021. 

Um levantamento realizado pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES) a pedido do Jornal Opção, mostra que apenas no ano passado a Covid-19 foi responsável por 29,4% de todos os óbitos registrados no estado. 

Ao todo, 2021 registrou 61.483 mortes de todas as naturezas, sendo que 18.102 foram em decorrência do vírus. Depois do expressivo número de vítimas, a doença deu uma ‘trégua’ este ano, tendo o número de óbitos reduzido para ‘apenas’ 2.258 até o dia 25 de novembro. O número representa 5,6% dos 39.847 registros de óbito da pasta. 

A primeira morte pela doença ocorreu no dia 26 de março. A vítima era uma idosa de 66 anos, que morava em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Ela era hipertensa, tinha diabetes, doença pulmonar obstrutiva crônica e teve dengue recentemente. Neste ano (2020), a pasta contabilizou 48.358 mortes. Destas, 7.629 (15,7%) foram por Covid-19.

Juntos, os anos de 2020, 2021 e 2022 (até 25 de novembro) registraram 27.989 mortes provocadas pela doença em todo estado. Ou seja, mais de uma pessoa foi vítima da doença por hora, totalizando 26 mortes por dia durante todo o período. 

Queda

Para a Superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, a queda no número de óbitos é uma consequência da vacinação. Flúvia também lembra que os picos de mortes relacionadas à Covid-19 ocorreram nos meses em que a vacina ainda não havia chegado a Goiás. A primeira dose do imunizante foi aplicada pelo Governador Ronaldo Caiado (DEM) no dia 18 de janeiro de 2021.

“A quantidade de mortes mostra a gravidade desta doença. No ano de 2021 tivemos o maior números de óbitos por essa doença, justamente quando começamos a vacinação e tínhamos poucas doses. Com a expansão da imunização, começamos a observar a queda”, explicou.

Nova onda 

Flúvia não descarta que o estado possa vir a sofrer com uma nova onda de mortes provocadas pelo vírus, principalmente com o aumento de casos vivenciados hoje devido a nova subvariante. Ela, porém, reforça que a vacina é o único meio de evitar que mais pessoas percam a batalha contra a doença.

“É preciso manter o esquema de vacinação completo, atualizado. Temos mais de dois milhões de goianos que ainda não tomaram a dose de reforço. Para evitar mortes é a vacinação, vacine-se”, concluiu.