O Estado de Goiás registrou um marco histórico na saúde ao atingir 100 doadores de órgãos neste ano. O número foi registrado no sábado, 9. A conquista representa um aumento em relação a anos anteriores e superou o recorde de 89 doadores registrado em 2018.

A captação do centésimo órgão foi realizada no Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos (Hetrin). O doador tinha 57 anos e teve morte encefálica após sofrer um acidente vascular cerebral isquêmico.

Dele, as equipes médicas efetuaram a captação de córneas e rins, que deram chances de vida para pacientes que aguardam na fila do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

O sucesso alcançado em 2023 é atribuído ao trabalho árduo dos profissionais de saúde e às campanhas de sensibilização que têm impactado positivamente a cultura da doação de órgãos em Goiás.

A gerente Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Katiuscia Freitas, destaca a importância desses esforços conjuntos. Para ela, a principal barreira para a doação é cultural. “O maior desafio é a gente fazer o assunto da doação de órgãos estar dentro de casa, para as pessoas conversarem e deixarem avisado aos familiares o desejo de ser doador”, enfatiza.

Dimunição de recusa

Um dos pontos mais notáveis, segundo Katiuscia Freitas, foi a redução da recusa familiar, que, embora ainda esteja em 62%, representa uma melhora em relação a 2022, quando atingiu 66,4%. A gerente ressalta que o resultado superou as expectativas, mas ainda há espaço para avanços.

Outro aspecto relevante é que o Brasil já alcançou a meta estipulada para a taxa de doadores em 2023, e superou o índice projetado de 19,4 doadores por milhão de população (pmp) com 19,6 doadores pmp em setembro. Goiás, por sua vez, registrou a maior taxa de doações da série histórica, com 14,9 pmp.

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Goiás bate recorde histórico de doadores de órgãos neste ano