Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 10, o médico Roberto Kalil Filho anunciou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva permanecerá na unidade de terapia intensiva (UTI) por mais 48 horas. Segundo Kalil, a decisão é uma medida preventiva, apesar do estado de saúde do presidente ser considerado estável. “Ele deve ficar na UTI de observação. Neste momento, está bem, se alimentando, consciente e em estado normal. É mais uma precaução”, explicou o médico.

A internação na UTI integra o protocolo médico estabelecido após o presidente apresentar uma hemorragia intracraniana, que, conforme o boletim médico divulgado, decorreu de uma queda sofrida no Palácio da Alvorada em 19 de outubro. Apesar do diagnóstico, a equipe médica reforçou que Lula tem respondido bem aos cuidados e que as próximas horas serão cruciais para monitorar sua evolução. “Estamos acompanhando de perto, mas sem preocupações graves”, destacou Kalil.

Embora o quadro seja estável, o Palácio do Planalto ainda não informou quando o presidente poderá retomar suas atividades oficiais. De acordo com fontes próximas, a prioridade é assegurar a plena recuperação de Lula antes de qualquer decisão sobre o retorno ao trabalho. Enquanto isso, compromissos oficiais serão delegados ao vice-presidente Geraldo Alckmin, como a reunião com o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, marcada para esta terça-feira.

O incidente reacendeu discussões sobre os desafios de saúde enfrentados por líderes em atividade e os cuidados necessários para preservar a integridade física e mental em uma rotina exigente. Especialistas apontam que a decisão de manter o presidente sob monitoramento intensivo reflete um zelo justificado, especialmente considerando o impacto de condições como a hemorragia intracraniana.

A evolução do estado de saúde do presidente Lula continuará sendo acompanhada pela equipe médica, que deverá emitir novos boletins nos próximos dias. A transparência no acompanhamento tem sido ressaltada pelo governo e pela equipe médica, reforçando a importância da comunicação para tranquilizar a população sobre o bem-estar do chefe do Executivo.