Dezembro Vermelho: 6 mil pessoas vivem com HIV em Goiânia

01 dezembro 2023 às 09h17

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O último mês do ano tem como tema o Dezembro Vermelho, dedicado ao combate e prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s). Para se ter uma ideia, apenas Goiânia concentra cerca de 6 mil pessoas portadoras de HIV. A grande maioria (85%) é do sexo masculino, sendo que 54% têm entre 20 e 29 anos.
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A capital, inclusive, também registra, em média, 400 novas pessoas infectadas por ano. No mesmo período, a média de mortes por Aids chega a 80. O superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Yves Mauro Ternes, explica que a faixa etária em pessoas do sexo masculino tem se mantido.
“As notificações de infecção pelo HIV em pessoas do sexo masculino se mantiveram com o mesmo perfil de faixa etária. Já no sexo feminino, mudou um pouco. Em 2016, por exemplo, o maior número de casos se concentrava na faixa etária de 30 a 39 anos, já em 2020 a maioria tinha entre 40 e 49 anos”, explica.
Quanto à escolaridade, os casos de infecção pelo HIV ocorreram principalmente em indivíduos com ensino médio completo. Em 2020, foram registrados 446 novos casos, sendo que 171 indivíduos tinham completado o ensino médio (38,3%), em segundo lugar, 103 (23,1%) tinham ensino superior completo.
Rede de assistência
Goiânia disponibiliza testes para HIV em todas as unidades de saúde da Atenção Primária e Urgência. Além da testagem, caso seja necessário, todas as unidades também fazem o encaminhamento do paciente para que seja regulado e acompanhado por um infectologista.
Dentro das ações de promoção à saúde, o município disponibiliza o autoteste para HIV no Centro de Referência em Diagnóstico Terapêutico (CRDT). O exame é feito pela própria pessoa, em casa ou em qualquer outro lugar, o passo a passo é simples é de fácil interpretação. No CRDT, o paciente também é atendido por uma equipe multiprofissional com psicólogo, enfermagem e serviço social.
Prevenção
De acordo com Yves Ternes, as formas de prevenção ao HIV continuam as mesmas: uso de preservativo masculino ou feminino durante as relações sexuais e a utilização de seringas descartáveis. “Essa recomendação vale também para as outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) como Sífilis e Hepatite Virais B e C.
Para quem passou por uma situação de risco, o município oferece, no CRDT, medicações para reduzir o risco de adquirir infecção com HIV. “São os casos de violência sexual, relação sexual desprotegida ou acidente ocupacional que é o caso de instrumentos perfurantes ou contato direto com material biológico”, explica o superintendente.
“São as Profilaxias: PEP (Profilaxia Pós-Exposição ao HIV), utilizado até 72 horas após a exposição ao risco, e PrEP (Profilaxia Pré-Exposição ao HIV) que é o uso da medicação antes da exposição para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV. São estratégias que têm se mostrado eficazes e seguras em pessoas com risco aumentado de adquirir a infecção”, conclui.