Diferente das oportunidades de vacinação proporcionadas gratuitamente pela Prefeitura de Goiânia e governo de Goiás, o assessor de gabinete do vereador Willian Veloso (PL), Ronilson Silva, de 35 anos, não teve a chance de se vacinar antes dos 6 meses de idade. Sequelado pela poliomielite, ele conta que a doença tem se agravado com nova manifestação, chamada de síndrome pós-pólio.

Silva explica que depois do vírus contaminar o organismo fica improvável a vacinação fazer efeito, porque não há tempo para a formação de anticorpos. “Tenho a sequela da doença por falta de vacinação desde os meus 6 meses de idade”, disse, acrescentando ser necessário o uso de aparelho tutor longo ortopédico na perna esquerda e se apoiar em uma bengala.

Com meta de 95% para cobertura vacinal, as secretarias municipal e estadual intensificaram as campanhas. O Estado prorrogou por mais uma semana, sendo o “Dia D” marcado para o próximo sábado, 8. Nessa data, serão disponibilizadas diversas vacinas para os 246 municípios goianos.  

Com baixos índices de adesão da população, governo estadual e Paço estão preocupados com o provável retorno de doenças radicadas no País. Em Goiás, a taxa de cobertura chegou aos 42,61% e na Capital 35,63%, nesta segunda-feira, 3. “É extremamente grave porque coloca as crianças em uma situação de vulnerabilidade,” alerta, Flúvia Amorim, superintendente de Vigilância em Saúde. A meta estimada pelo Ministério da Saúde é de 90 a 95% de cobertura.

Secretário estadual de Saúde, Sandro Rodrigues salientou que a vacina que protege a criança contra a poliomielite é extremamente segura e muito fácil de ser administrada, por meio de gotas. “Todos os municípios goianos estão orientados quanto à importância da melhoria das coberturas vacinais e vem realizando ações para atingir o objetivo”, afirmou.

Paralisia infantil

A paralisia infantil foi erradicada nas Américas, no entanto continua em circulação em alguns países do mundo, entre os quais o Paquistão e o Afeganistão. A doença, extremamente contagiosa, é transmitida por meio do contato com fezes ou secreções eliminadas pela boca. Ela provoca sérias limitações físicas, entre as quais a paralisia flácida dos membros inferiores.

Veja dos dados da vacinação atualizados até 3 de outubro