Este domingo, 1º, é o Dia Mundial de Combate à Aids. A campanha do Dezembro Vermelho, mês escolhido desde 2017 para a mobilização nacional, chama a atenção para as medidas de prevenção, assistência e proteção dos direitos das pessoas com o vírus HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis.

O número de infecções por HIV no Brasil, apesar de apresentar uma redução significativa em comparação com os anos anteriores, registrou um aumento preocupante em algumas regiões, como é o caso de Anápolis, em Goiás. Segundo dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde de Anápolis (Semusa), até setembro de 2024, o município contabilizou 367 novos casos de HIV.

Isso representando um aumento de 23% em relação aos 298 registros do ano anterior. Esse crescimento reflete uma tendência local que diverge do panorama nacional, onde o número de novas infecções tem diminuído progressivamente.

Segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), 2023 foi o ano com o menor número de infecções desde que a epidemia começou a ser monitorada, em 1990. Em 2023, foram registrados 1,3 milhão de novos casos de HIV, uma redução expressiva em relação ao pico de 3,3 milhões em 1995.

Entre 2020 e 2022, o Brasil observou um aumento de 17,2% nos casos de HIV, com destaque para as regiões Norte (35,2%) e Nordeste (22,9%). No primeiro semestre de 2023, o Brasil registrou 20.237 novos casos, e o número total de infecções no país pode ser superior ao de 2022 (43 mil)

No Brasil, a situação é um tanto contraditória. Embora o país continue sendo uma referência global no combate ao HIV, com políticas públicas, como a distribuição gratuita de preservativos, medicamentos antirretrovirais e a profilaxia pré-exposição (PrEP), o aumento de casos em algumas regiões é motivo de preocupação.