Associar a cirurgia de prótese mamaria com câncer vem desde 2011, no entanto, sem conclusão. Novos evidências foram divulgados pela agência reguladora dos EUA, Food and Drug Administration (FDA), no último dia 8, alertando o público sobre certos tipos de câncer. Além da agência americana, a Organização Mundial de Saúde (OMS) também acompanha relatos de casos da doença relacionados a cirurgias de implantes mamários, nos últimos anos.  

No entanto, a mastologista e oncoplástica Thauana Dias recorda que há mais de uma década os estudos mostram que os implantes estavam sendo associado ao linfoma anaplástico. “Em 2016, a OMS descreveu o Bia Alcl como um linfoma de células T. Assim, não é um câncer de mama, mas um linfoma não Hodgking. Pode ser desenvolvido após a colocação de implantes mamários, e nos estudos teve mais associação as próteses texturizadas”, afirma.

Segundo a especialista ainda falta informações precisas sobre essas pesquisas apontando que implantes mamários provoque câncer. “Há limitações com relações a estudos devido à falta de notificações e dados precisos sobre quantidade de implantes fornecidos pelas diversas empresas produtoras”, acrescenta.

A médica destaca que em todo o mundo são feitas recomendações e orientações sobre a utilização de próteses. “Mas ainda não se sabe ao certo, o que promove o desenvolvimento desse tipo de tumor. Necessita de mais estudos para melhor esclarecer os fatores promotores”, salienta.

Ela esclarece que o risco de tumor é de cerca de 1 a cada 30 mil mulheres com implantes por ano. “Não há muitas evidências de mortes. Geralmente a cirurgia com retirada do implante e da cápsula, na maioria dos casos, se faz muito eficaz”, pontua. Nesse sentido, a oncoplástica lembra que algumas marcas de próteses foram retiradas do mercado após comprovação.

“Não há motivos para alardes. Porém, todas as pessoas devem fazer constantemente seus seguimentos com mastologista e em caso de evidencias de acumulo de liquido, após mais de 1 ano da prótese, visto por exemplo pelo aumento incomum da mama, o médico deverá ser consultado e exames complementares deverão ser realizados”, finalizou.