Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada mostra um aumento preocupante de mortalidade precoce de pessoas idosas. Mortes essas que poderiam ser evitadas por políticas públicas do Estado, por iniciativas da família ou sociedade. Estar atento a essas questões estruturais podem colaborar para o aumento da taxa de imortalidade. 

À frente da pesquisa, a economista Ana Amélia Camarano conclui que os brasileiros perdem cerca de 3,1 anos de expectativa de vida com quedas ou acidentes de transporte em sua maioria por negligência no que se refere à conservação e iluminação das vias públicas.  Neste sábado, 15, se comemora o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2006.

Segundo dados divulgados pelo Ministério, o número de acidentes domésticos têm crescido de forma acelerada. Em 2022 foram 9.592 mortes de pessoas idosas vítimas de queda da própria altura. Os ambientes domésticos onde são frequentes esse tipo de acidente são quarto, sala, corredor, cozinha, escada e banheiro.

Após os 60 anos os tombos são mais comuns. De acordo com especialistas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), uma das consequências do envelhecimento natural é a perda da massa e força muscular, chamada sarcopenia. 

Importância da aposentadoria

A data, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2006, busca chamar a atenção para um problema social crescente: os diversos tipos de violência que afetam os idosos, seja física, psicológica, emocional ou financeira. Neste contexto, o papel do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) se torna essencial para a garantia de uma vida digna e com maior independência financeira para a população idosa.

O INSS é responsável pelo pagamento de aposentadorias, pensões e outros benefícios previdenciários, proporcionando uma fonte de renda estável para milhões de brasileiros na terceira de idade. Este suporte financeiro é essencial para manutenção da qualidade de vida dos idosos, permitindo que tenham acesso a necessidades básicas como alimentação, saúde e moradia. Além disso, a renda previdenciária do INSS ajuda a reduzir a vulnerabilidade econômica, que é um dos fatores que podem levar a situação de violência e abuso.

A aposentadoria, em muitos casos, representa a única fonte de renda para o idoso, especialmente em um país onde a informalidade no trabalho é significativa e muitos trabalhadores não conseguem poupar para a velhice. A estabilidade financeira proporcionada pelo INSS contribui para autonomia dos idosos, diminuindo a dependência de familiares ou terceiros. Essa independência é um fator importante na prevenção de abusos, já que a dependência financeira muitas vezes coloca o idoso em uma posição suscetível.

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