Esperar uma semana para responder o imponderável é tempo demais para a mentira que insiste em deturpar a história de Goiás e deste jornal

Reprodução

Patrícia Moraes Machado

“Fez isso muitas vezes comigo. Acabou de dar-me uma mordida. Não teve outra opção. Escondeu-se numa ex-saia.”

Pena. Foi este o quase imperceptível sentimento que pulsou ao ler um texto que somente fez confirmar o já sabido. O pensamento segue raso, e é quase um retorno ao período rococó. Mas o pior é a insistência em narrar os fatos de acordo com o que lhe convém. E o que lhe convém é seguir sem admitir os seus erros do passado, os do presente, e ser o exterminador de sua própria história ao não aceitar que uma jornalista possa lhe bater de frente.

Aqui não existe ex-saia. Aqui não existe a brilhante jornalista Consuelo, escrevendo textos para outros assinarem. Aqui, realmente, existe vida. Este, reitero, sempre foi e sempre será o Jornal Opção. Aqui pulsa pensamento, pulsa a dinâmica da vida junto com sua eterna e maravilhosa dialética. Aqui ninguém se vitimiza com supostas “mordidas”.

O que aqui, no Jornal Opção, se faz é jornalismo — o que, aliás, sempre foi o seu principal incômodo. Já estamos na nossa segunda geração, e geração de jornalistas. Jornalistas alimentados com a história de nosso Estado, sendo aplicada direto na veia e sabendo de todos os bastidores dos que insistem em serem os donos e responsáveis pelo poder.

A sua história é de respeito devido a sua resistência em seguir adiante, mesmo que os mecanismos utilizados para tanto não sejam os mais admiráveis. Mas basta de tentar manchar a história da coerência. Até para a sua superação espiritual, é importante admitir a sua derrota ao tentar nos destruir. Não teve êxito com Ary Valadão, com Marconi Perillo, e nem terá com Ronaldo Caiado, caso este se consagre governador de Goiás.

O Jornal Opção sempre seguirá vivo, enquanto a mosca zunindo na cabeça dos poderosos já está com as asas caídas, mas insiste com as mesmas práticas para não aceitar o inevitável: o jornalista e economista Herbert de Moraes fez dois sucessores de sua história. Um, que segue com o seu nome, brilha como correspondente internacional da TV Record em Israel, e a outra, a quem aqui lhe dirige, segue, e pretende assim seguir por no mínimo mais 43 anos.

Logo que voltei para Goiânia, depois de me formar e concluir a pós-graduação de jornalismo no “El País” — principal jornal da Espanha —, escrevi um texto para o Jornal Opção que fez o então governador Marconi Perillo ligar para meu pai e fazer a seguinte ponderação: “Herbert, parabéns, você conseguiu fazer um sucessor. Coitado de seus inimigos”. É isso, o fundador do Jornal Opção não fez somente um sucessor. Fez dois. E ao contrário de muitos, que insistem em não reconhecer que existe vida fora de suas pseudo-cápsulas arcaicas e decadentes de jornalismo, aqui a cada dia buscamos inovar a nossa prática com ou sem saia. Já que isto nos é indiferente. O que buscamos é informar o nosso leitor com qualidade e sobretudo, verdade.

E a verdade, neste caso, é que o texto “Covardia”, da edição 2.252, para sua decepção, pois acaba de perder mais uma pilar para sua autobiografia de inverdades, não foi escrito pelo jornalista João Bosco Bittencourt, como questionou para Euler de França Belém, no velório do jornalista Jávier Godinho.

Agora, chega de conversinha de comadres quitandeiras. A este papel, Batista Custódio, o Jornal Opção também não se submete.