Vereadora diz que investimento do programa ‘Goiânia Adiante’ é falso

28 junho 2023 às 13h12

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O investimento de R$ 1,7 bilhão, do programa “Goiânia Adiante”, da prefeitura da capital, é falso. A afirmação é da vereadora Kátia (PT), que participou da sessão de Prestação de Contas da Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) ontem, 27, na Câmara Municipal.
Durante a sessão, a petista questionou o secretário da pasta Vinícius Alves sobre o valor do montante, o perguntando sobre qual parte do valor corresponde ao superávit e qual seria a previsão orçamentária. O secretário, então, disse que o montante é formado pelos dois.
“Nós fechamos o ano de 2022 com R$ 882 milhões em caixa, advindos do superávit de 2022 e do acumulado de anos anteriores. Com isso, para 2023 está previsto, para investimentos, R$ 461 milhões. E para 2024, estamos prevendo aí algo na ordem de R$ 500 milhões. Então, não é que temos R$ 1,7 bilhão lá guardado. É uma soma que vai desde as nossas reservas com a arrecadação deste ano e as arrecadações do ano que vem”, explicou.
Conforme a parlamentar, somados, esses dois valores chegam a R$ 961 milhões, faltando R$ 739 milhões para chegar ao valor divulgado pela Prefeitura.
“A prefeitura passou uma falsa sensação, inclusive na base do prefeito, de que tinha R$ 1 bilhão e 700 milhões para investimentos, quando na verdade é bem menos considerando ainda uma previsão para o ano que vem”, afirmou.
A vereadora lembrou ainda que a Sefin também tem a obrigação de medir se cada secretaria está executando as metas estabelecidas no PPA e na Lei Orçamentária Anual (LOA).
“Percebo com muita clareza que isso não está sendo executado. E coloco um exemplo claro aqui: o piso da enfermagem, dos agentes, data base. Então, está tirando dinheiro para fazer obra enquanto não está cumprindo a legislação para fazer o pagamento do piso e da data base que é obrigatório”, concluiu.
O Jornal Opção procurou a Secretária de Finanças para que se posicionasse, mas não obteve retorno.