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A eleição para a prefeitura de Nova York se transformou em um campo de batalha ideológico e político, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disparando um ataque, nesta terça-feira, 4, contra a comunidade judaica que apoia o candidato democrata, o socialista Zohran Mamdani.

Em uma publicação na plataforma Truth Social nesta terça-feira, o presidente rotulou como “estúpidos” os judeus nova-iorquinos que votarem em Mamdani, a quem ele descreveu como um “comprovado e autoproclamado ODIADOR DE JUDEUS”. O ataque reacende o debate sobre o ativismo pró-Palestina e anti-Israel do democrata, que já causava preocupação em setores da comunidade judaica da cidade.

O comentário de Trump surge um dia após o presidente, natural do Queens, pedir o voto para o ex-governador democrata Andrew Cuomo, que concorre como candidato independente. Cuomo foi derrotado por Mamdani nas primárias democratas, mas lançou-se como uma alternativa mais moderada e experiente.

A tática de Trump parece clara: polarizar a eleição e minar o apoio de Mamdani, um democrata socialista de 34 anos. Embora tenha suavizado algumas de suas posições mais controversas recentemente e tentado tranquilizar eleitores judeus preocupados com o antissemitismo, Mamdani continua a ser um defensor vocal da causa palestina.

Histórico de críticas e ameaças

Esta não é a primeira vez que Trump usa o voto judaico como arma política. Durante sua campanha presidencial de 2024, ele sugeriu que judeus que cogitassem votar na candidata democrata Kamala Harris “deveriam consultar um psiquiatra”.

Mais recentemente, em um evento sobre antissemitismo em setembro de 2024, o republicano chegou a afirmar que os eleitores judeus teriam “parte da culpa” caso ele perdesse a eleição, insinuando uma falta de apoio à sua política pró-Israel.

Choque de Plataformas

A corrida pela prefeitura de Nova York coloca em lados opostos o socialismo democrático e progressista de Mamdani, com propostas ambiciosas de investimento social (como creche universal e ônibus gratuito, financiados com impostos sobre os mais ricos), e a moderação e experiência política de Cuomo, que busca estabilidade e um freio na guinada à esquerda.

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