Telêmaco Brandão se coloca como única opção da direita ao governo de Goiás
17 novembro 2025 às 18h00

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O advogado, empresário e ex-vereador por Goiânia, Telêmaco Brandão, surge como pré-candidato ao governo de Goiás pelo Partido NOVO e se coloca como a única opção da direita no estado. Em entrevista exclusiva ao Jornal Opção, nesta segunda-feira, 17, ele detalhou sua trajetória, posicionamentos ideológicos e críticas ao cenário político goiano. Segundo afirma, até o momento não há outros nomes de direita posicionados na disputa pelo governo.
O pré-candidato busca ocupar o espaço da “verdadeira direita” em Goiás, apresentando uma narrativa baseada em disciplina, fé e combate à corrupção. Sua pré-candidatura pelo Partido NOVO promete movimentar o cenário político estadual, sobretudo entre eleitores que não se sentem representados pelos partidos tradicionais.
Telêmaco reforça que partidos como MDB e PSDB não encarnam a nova direita, que, segundo ele, defende menos Estado, combate à criminalidade, valorização do empreendedorismo e proteção das liberdades individuais.
“O MDB sempre caminhou de mãos dadas com o PT. O PSDB, mesmo tendo sido oposição em alguns momentos, não pode ser considerado hoje um partido de direita. O NOVO é estatutariamente de direita, mas ainda não há outros nomes posicionados nesse campo ideológico”, afirmou.
Goiano de Goiânia e filho de servidores públicos, Telêmaco perdeu o pai aos 12 anos e decidiu seguir caminho no empreendedorismo. Formado em Direito, construiu carreira como advogado e investiu em diferentes setores, como construção civil, mineração e pecuária.
Sua entrada na política ocorreu em 2020, quando concorreu a vereador. Embora inicialmente suplente, assumiu mandato e ganhou destaque por ações de combate a privilégios e à corrupção, como a liminar que bloqueou o pagamento de R$ 6 milhões em livros faturados pela Câmara Municipal. “Política não é lugar de negócio, é lugar de servir ao povo”, destacou.
Ex-ateu e ex-marxista, Telêmaco afirma ter encontrado no cristianismo sua base de atuação pública. Casado há 13 anos e pai de três filhos, apresenta-se como defensor da família e da disciplina. “Foram os valores cristãos que permitiram construir sociedades mais prósperas e justas”, disse.
Além da política e do empreendedorismo, Telêmaco é instrutor de jiu-jitsu e proprietário da escola Kingdom, onde ensina crianças sobre disciplina, meritocracia e resiliência. Campeão pan-americano e mundial, diz que o esporte moldou seu pensamento de longo prazo. “Se Deus quiser, Goiás terá um governador faixa-preta”, brincou.
Outro ponto central em sua plataforma é a defesa do direito ao porte de armas para cidadãos considerados aptos, especialmente mulheres sob medida protetiva. “Sou contra tratar bandido como vítima da sociedade. As verdadeiras vítimas são os trabalhadores, o cidadão de bem. Quem é apto e não tem antecedentes deve ter o direito de se proteger”, declarou.
Questionado sobre seu alinhamento dentro da direita, Telêmaco se define como conservador nos costumes e liberal na economia. Para ele, o liberalismo clássico é a essência do conservadorismo. “Ser liberal na economia é o que há de mais conservador. Conservador nos costumes e liberal na economia me define bem”, explicou.
O pré-candidato também citou nomes que considera relevantes para a direita no estado, como Gustavo Gayer (PL), seu candidato ao Senado, além de Fred Rodrigues (PL) e Dr. Alano (NOVO) para deputado federal. “O Senado nós estamos bem representados, principalmente através do Gayer. Para disputar o governo, só tem o meu nome”, disse.
Sobre Ronaldo Caiado (UB), afirmou que o governador se posiciona como centro-direita, mas desapontou parte do eleitorado ao criar a taxa do ágio e se aproximar de ministros do STF. Já sobre Daniel Vilela (MDB), declarou que não vê nele brilho próprio ou posicionamento ideológico claro, considerando-o próximo ao PT.
Telêmaco avalia que o Partido NOVO é o único estatutariamente de direita, mas reconhece que o PL hoje também se configura como legenda desse campo devido à presença de Jair Bolsonaro e seus aliados. “Se o Bolsonaro sair do PL, ele volta a ser o que sempre foi: um partido sem identidade ideológica. O NOVO é o único partido estatutariamente de direita, mas hoje o PL também pode ser considerado de direita”, afirmou.
O que é ser de direita
Para Telêmaco, ser de direita é defender valores fundamentais da sociedade:
– Liberdade de expressão e culto;
– Propriedade privada;
– Combate à corrupção e privilégios políticos;
– Livre iniciativa e mercado;
– Defesa da família e das raízes culturais.
“Ser de direita é defender a liberdade ao custo da própria vida, se preciso for. É combater privilégios, corrupção e o Estado inchado. É reconhecer o empreendedor como resolvedor de problemas e garantir o império da lei, não de tiranos”, concluiu.
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