“Só teremos progresso se investirmos na juventude”, afirma Nádia Garcia, integrante do grupo de transição

15 novembro 2022 às 11h13

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Por Nielton Soares e Marcos Aurélio Silva
Secretária Nacional de Juventude do PT, a goiana Nádia Garcia foi confirmada para coordenar o grupo de trabalho de políticas públicas para juventude no futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Nádia é jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), foi atuante no movimento estudantil e fundadora do Movimento Feminista Olga Benário. Além dela, as goianas Ieda Leal, Ludhmila Hajjar e Maria Luiza Moura foram anunciadas na equipe pelo coordenador da transição, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), nessa segunda-feira, 14
Em entrevista ao Jornal Opção, Nádia disse que no novo governo os jovens terão maior participação política, que já está sendo iniciada pela transição entre os governos. “Nossos governos do PT sempre tiveram espaços notórios para a juventude, tanto que a Secretária de Juventude e o Estatuto da Juventude, que se tornou lei, o fato do Conselho Nacional de Juventude, também ter se tornado lei, foram nos nossos governos, mas agora, diferente dos últimos 4 anos, nós temos certeza de que essa juventude que antes já foi prioridade, de fato vai voltar a ser”, prevê.
Nádia foi uma das coordenadoras da campanha do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela cita que o petista durante a campanha sinalizava para o foco nos jovens. “O presidente [Lula] falou muito que a esperança é a juventude, que pode transformar a realidade do Brasil. Ele tem mostrado que de fato tem essa meta, quando cria um GT [grupo de trabalho] de juventude e nos dá autonomia de pensar a política de juventude que nós queremos para o país”, salienta.
A jornalista destaca que as diretrizes de trabalho no grupo de transição deve delinear a partir das propostas de governo do partido, cujos programas da área de juventude, contou com a contribuição dela. Além disso, Nádia frisa que pretende abordar questões dos jovens goianos. “Com certeza, a taxa de desemprego e violência em Goiás, que já vitimou muitos dos meus amigos e outros jovens, vai guiar como eu quero que seja as prioridades da Secretaria Nacional de Juventude. Nós temos que tirar essa juventude do desemprego, temos que abrir o mercado de trabalho para os jovens. Nós temos que voltar a dar educação para essa juventude para que ela saiam das ruas, para que essa juventude não caia nos males do tráfico, que ela não caia nos males da criminalidade e, assim, o Brasil, daqui 20 anos, tenha cada vez mais progresso. Nós só teremos progresso neste país, investindo na juventude”, pontua.
Nádia Garcia segue para Brasília nesta quarta-feira, 16, quando dá início aos trabalhos no grupo técnico. Ela recebeu o convite para integrar a transição de governo da presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann. A goiana comemorou a iniciativa do novo governo em buscar pluralidade na transição entre governos. “O presidente [Lula] tem pesado em convidar pessoas de todas as regiões do país, muitas mulheres negras, muitas pessoas que representam não só as entidades, mas também alguns partes da sociedade civil”, cita. No entanto, ela finaliza que o governo Bolsonaro foi na contramão disso. “Foi um governo que não dialogava com o povo ou só com parte desse povo”, compara.