A rede municipal de saúde pública de Goiânia ampliou o número de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O prefeito Sandro Mabel contratou 10 leitos para adultos na Santa Casa de Misericórdia, o que deve desafogar parcialmente a demanda na capital goiana. Durante o anúncio da expansão, feito nesta segunda-feira, 10, o prefeito revelou haver negociações para abertura de outros 10 leitos no Hospital das Clínicas. 

Além disso, houve manutenção de quatro leitos infantis no Instituto Goiano de Pediatria (Igope). A suspensão dessas unidades de tratamento intensivo estava prevista por falta de pagamento da gestão Rogério Cruz (Solidariedade). 

Durante seu anúncio, Mabel explica que um aumento no número de casos de bronquiolite em crianças após o carnaval gerou maior demanda no sistema público da capital, o que estimulou as medidas adotadas.

“Precisamos nos preparar para o período seco, pois essa virose é intensa e já sobrecarregou nossa rede”, disse o prefeito ao anunciar a criação de uma sala de emergência, em conjunto com a Secretaria de Estado de Saúde, para monitoramento da virose.

Durante uma coletiva de imprensa no evento do Dia da Mulher da OVG na Praça Cívica, o governador Ronaldo Caiado (UB) reforçou a maior demanda por vagas pediátricas. “30% das crianças internadas estão com covid, é falta de vacinar”, o chefe do Executivo Estadual apela aos pais, pedindo maior compromisso com a vacinação, a fim de diminuir a demanda pelas vagas de UTI. 

Leia também: Alexandre Padilha propõe “política permanente de Estado” para enfrentar dengue e novas pandemias

Uso inadequado de Tadalafila nas academias pode resultar em sérios riscos à saúde, alertam especialistas

Histórico 

Mabel vem tentando superar uma crise generalizada no sistema de saúde de Goiânia, herdado da gestão Rogério Cruz (Solidariedade). Dívidas multimilionárias, falta de insumos, atraso nos pagamentos de contratos, escândalos de corrupção e greve de profissionais foram algumas das consequências da gestão da Saúde de Goiânia sob responsabilidade de Cruz e do então secretário Wilson Pollara. Apesar dos avanços da atual gestão, ainda existem resquícios a serem superados. 

Conforme noticiado pelo Jornal Opção, crianças estavam aguardando, neste final de semana, vagas em leitos de UTI por pelo menos três dias. Esse foi o caso de um bebê de apenas seis meses de idade, que aguardava internado na enfermaria do Cais de Campinas em Goiânia. 

A reportagem questionou a secretaria na manhã da última terça-feira, 4, e a pasta ressaltou que a oferta de leitos em UTIs adultos e pediátricos segue dentro da normalidade na rede pública em Goiás e que o bebê citado na reportagem teve vaga aberta no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente ainda nesta segunda-feira, 3.

De acordo com o painel atualizado da SES-GO que acompanha os leitos no estado, são 610 leitos de UTI adulto na rede estadual, dos quais quatro estão disponíveis, 14 estão bloqueados e 29 reservados. Quando pensamos em UTI pediátrica, são 117 leitos no total, dos quais quatro estão disponíveis, dois bloqueados e um reservado. Para os pacientes neonatal de maior urgência, são 67 leitos em toda a rede estadual, dos quais apenas um se encontra disponível e um outro  reservado. 

Fonte: SES-GO.

Acompanhe o painel da SES-GO clicando aqui. 

O painel de Goiânia (que não conta com as vagas anunciadas nesta semana) mostra um total de 214 leitos oferecidos pela gestão da capital, dos quais 187 estão ocupados e 27 disponíveis. A grande maioria desses leitos está destinada ao público adulto (20 deles na maternidade Célia Câmara), enquanto quatro leitos são pediátricos e apenas um para neonatal. 

Fonte: SMS-Goiânia.

Acompanha o painel da Prefeitura clicando aqui.