O Republicanos deve declarar apoio a Sandro Mabel na convenção do partido, que vai acontecer no dia 4 de agosto na sede do partido. Já se sabe que o apoio ao pré-candidato do União Brasil foi costurado a níveis estadual e nacional.

Ao mesmo tempo, o partido enfrenta discordância dentro do diretório municipal. Interlocutores da sigla disseram à reportagem que dois vereadores, Isaías Ribeiro e Geverson Abel e o secretário de Governo, Jovair Arantes não concordam com a posição do diretório estadual e defendem apoio ao pré-candidato à reeleição. Durante convenção do PDT, no último sábado, 27, Arantes disse que o prefeito Rogério Cruz sofre perseguição política de adversários.

A defesa do nome de Cruz para a disputa pelo Paço vai contra uma decisão do próprio partido que não deu a legenda para que Cruz, filiado ao Republicanos desde o começo da sua vida política, disputasse a eleição municipal deste ano.

O que é público também que os vereadores e filiados ao partido ainda tem uma estrutura de cargos dentro da Prefeitura que servem para manter os apoios já consolidados em suas bases eleitorais.

O Jornal Opção revelou, com exclusividade, que a reunião dos líderes do diretório metropolitano terminou sem uma conclusão definitiva, mas com grandes indicativos dos próximos passos. Isso porque, conforme apurado pelo Jornal Opção, apesar de não ter havido um consenso, a grande maioria dos pré-candidatos na reunião manifestaram que a legenda, que hoje caminha com o prefeito Rogério Cruz (Solidariedade), deve declarar apoio ao pré-candidato Sandro Mabel (UB), abandonando o projeto de reeleição do atual gestor.

A presidente do Republicanos na capital, vereadora Sabrina Garcez, deverá ficar por conta de fazer o convencimento dos membros da legenda que apoiam a permanência com Cruz.

Desgastes da administração

A administração de Rogério foi alvo de duas operações da Polícia Civil que investigam fraudes e licitações. A primeira, Operação Endrôminas, foi em março deste ano e chegou a aprender mais de R$ 300 mil em dinheiro na casa do então presidente da Comurg, Alisson Borges, e também apreendeu direito relógios e armas na também na casa do então presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), Luan Alves.

A segunda, Operação Transata, aconteceu em junho e teve como principal alvo o ex-secretário de Infraestrutura de Goiânia, Denes Pereira. Ambos os inquéritos não foram concluídos pela Polícia Civil.

Cruz também enfrentou inúmeras crises com a Comurg com a falta de coleta de lixo, obras frutos de emendas parlamentares que não foram concluídas e também problemas em uma série de repasses feitos à companhia para sustentação financeira da Comurg. A empresa pública também chegou a ser investigada pela Câmara Municipal por uma Comissão Especial de Inquérito (CEI).

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