Depois de ser aprovado de forma esmagadora na Câmara dos Deputados, o projeto de Lei que visa promulgar a reforma tributária no Brasil agora segue para votação no Senado. Ao Jornal Opção, os senadores por Goiás, Jorge Kajuru (PSB) e Vanderlan Cardoso (PSD) disseram que a tendência é que a votação seja mais criteriosa na Casa no mês de agosto.

“Com o recesso se aproximando, a votação deve ficar só para agosto. Nestas três semanas de julho, como líder da bancada do PSB, preciso conversar com meus senadores para saber o que pensam sobre o texto”, disse Kajuru. Ele também vai estar como líder do governo nesta semana e pretende se reunir com Fernando Haddad e Lula.

“Nesta semana também estarei como líder do governo, uma vez que o senador Jaques (Wagner, PT-BA) estará em viagem, então vou conversar com todos. Depois de ouvi-los, vou me reunir com o ministro Haddad para apresentar às demandas levantas”, afirmou o senador.

Kajuru disse ainda que está articulando uma reunião com o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), um dos principais críticos ao texto da reforma tributária no Senado, e o presidente Lula para alinhamento de questões. Sobre o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), outro forte opositor da reforma tributária, o senador afirmou que o chefe do Executivo goiano é “respeitadíssimo” no Senado.

“Estou organizando uma reunião com o presidente Lula e o senador Oriovisto, para que eles conversem melhor sobre o texto. A opinião dele (Oriovisto) é muito parecida com a do Caiado, que é um cara respeitadíssimo em Brasília, sobretudo no Senado. Então essas últimas semanas de julho serão para alinhamento destas questões”, afirmou Kajuru.

Outro parlamentar que espera os trâmites no Senado é Vanderlan Cardoso. Segundo o senador, ele já está debruçado sobre o texto, analisando às mudanças votadas na Câmara. Para ele, pontos que possam prejudicar o estado de Goiás devem ser revistos.

“Estou reunido com minha equipe e fazendo o levantamento de tudo que foi enviado pela Câmara, são mais de 200 páginas que precisam ser analisadas. A tendência é que a análise seja mais criteriosa e o que for de benefício para Goiás nós vamos manter. Agora, se tivermos o entendimento de que pontos são prejudiciais ao nosso estado, vamos propor alterações com certeza. Goiás não pode ser prejudicado”, afirmou o senador.

O Jornal Opção tentou contato com o senador Wilder Morais (PL), mas não obteve sucesso. Espaço segue aberto para posicionamento.