A deputada federal, Adriana Accorsi (PT-GO), publicou em suas redes sociais uma ironia ao ex-presidente, Jair Bolsonaro, que prestou depoimento à Polícia Federal (PF) sobre um vídeo em que ele contesta o sistema eleitoral.

Bolsonaro fez a postagem dois dias após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Para justificar, ele afirmou que “publicou sem querer”. O advogado do ex-presidente, Paulo Cunha Bueno, alegou que houve um engano.

“Este vídeo foi postado na página do presidente Facebook quando ele tentava transmitir para o seu arquivo de WhatsApp para assistir posteriormente. Por acaso, justamente nesse período, ele estava internado em um hospital em Orlando. Foi feita de forma equivocada. Tanto que pouco depois, duas ou três horas depois, ele foi advertido e imediatamente retirou a postagem”, argumentou.

Em resposta às justificativas, Adriana Accorsi ironizou pelo Twitter: “Alguém sabe me dizer qual remédio tem como efeito colateral postar vídeos incitando o terrorismo? Eu desconheço! Bolsonaro disse à PF que “estava sob efeito de remédios” quando postou vídeo encorajando os atos do dia 8 de Janeiro. É um covarde!”.

Depoimento

O depoimento foi dado por Bolsonaro nesta quarta-feira, 26, em Brasília, após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O assessor do ex-presidente, Fabio Wajngarten, também defendeu a justificativa de que ele estaria “sob efeito de remédios e ainda muito debilitado”.

“A postagem se deu de forma equivocada, poucos momentos após a saído do ex-presidente do hospital, quando estava sob efeito de remédios e ainda muito debilitado. A mecânica de postagem no Facebook se dá com meros dois cliques no ícone ‘compartilhar’. A gente juntou ao depoimento o vídeo ilustrativo de como se dá a devida postagem. Ele sequer havia percebido que havia postado o referido conteúdo. Assim que alertado e tomou conhecimento da postagem, ele apagou o vídeo”, defendeu.