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O Partido dos Trabalhadores (PT) entrou neste sábado, 12, com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), por divulgar informações falsas nas redes sociais sobre a campanha “Defenda o Brasil”. A petição, assinada pelo senador Humberto Costa (PE), presidente nacional do partido, e pelo deputado Jilmar Tatto (SP), secretário de Comunicação do PT, pede explicações formais ao parlamentar bolsonarista.

Segundo o PT, Gayer espalhou acusações infundadas ao afirmar que o governo federal teria usado recursos públicos para financiar a campanha, incluindo pagamentos milionários a influenciadores digitais e agências de publicidade. A legenda, no entanto, nega qualquer uso de verba pública na iniciativa, classificada como uma mobilização espontânea da sociedade civil em resposta à tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros.

A campanha “Defenda o Brasil” surgiu como reação à medida adotada pela Casa Branca, interpretada por setores políticos como retaliação ao avanço das investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe. O movimento busca afirmar a soberania nacional frente ao que o PT considera uma “agressão econômica estrangeira com apoio de aliados internos”.

Na ação protocolada no STF, os petistas pedem que o ministro Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, intime Gustavo Gayer a apresentar provas de suas alegações. Caso contrário, o parlamentar poderá ser responsabilizado por calúnia, difamação e disseminação de desinformação.

“O que se requer é que ele explique publicamente quais são os fundamentos de suas afirmações, sob pena de responder criminalmente pelos danos causados”, diz trecho do documento enviado ao Supremo.

O PT sustenta que a campanha ultrapassa as fronteiras partidárias e representa uma manifestação legítima em defesa da democracia e da economia brasileira. Por fim, o partido também criticou a postura de setores da extrema-direita que celebraram publicamente as tarifas anunciadas por Trump, atitude que vem sendo classificada como antipatriótica até mesmo por parte da base conservadora.

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