*Com informações de Nielton Soares

A ministra do Meio Ambiente e da Amazônia Legal, Marina Silva, recebeu, na tarde desta quinta-feira, 17, a comenda Washington Novaes na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), em Goiânia. Durante a visita, Marina falou sobre o plano de redução do desmatamento do Cerrado e comemorou a queda dos índices na Amazônia. “Tivemos uma redução de 42% na redução do desmatamento da Amazônia nesses sete meses”, conta.

O Cerrado, entretanto, ainda sem um plano de prevenção e controle do desmatamento pronto para execução, tem sido degradado com mais força. Segundo a ministra, está em elaboração um plano de prevenção com vários eixos, como um ordenamento territorial e fundiário e também o apoio nas atividades produtivas sustentáveis.

Ainda de acordo com Marina, a região mais afetada pelo desmatamento do cerro é a do Matopiba, que abrange os estados do Piauí, Bahia, Maranhão e Tocantins.

“Nós não vamos enfrentar o problema do desmatamento apenas com ações de comando e controle, é preciso mudar o modelo de desenvolvimento para continuar gerando emprego e renda, mas respeitando as nossas comunidades locais e a nossa biodiversidade”, defendeu.

Uma das ideias complementares ao plano de enfrentamento é a criação de um marco regulatório para a transição da produção agropecuária. “Isso significa que a agricultura deverá ser uma agricultura de base sustentável”, diz.

Plano Safra e transição

O Plano Safra deste ano passou a investir para a transição para a agricultura de baixo carbono, mas segundo Marina Silva, é preciso “que os investimentos sejam continuados” e que se possa dar suporte a financiamento e isenções.

Ao falar sobre o plano de desenvolvimento brasileiro, a titular do Ministério do Meio Ambiente no governo Lula explicou que não foi levada em conta a sustentabilidade e que o País tem tecnologia e conhecimento para produzir com baixa emissão de carbono. “Um país como o Brasil que tem 8 milhões de quilômetros quadrados, tem lugar para o agronegócio, para os extrativistas, agricultura familiar, indústria, desde que de base sustentável”, defende.

Presidente da Alego, o deputado Bruno Peixoto (UB) apontou que Marina é referência nacional e internacional da defesa do meio ambiente e pediu o apoio da ministra para a construção do Parque Linear do Meia Ponte. “Toda a sua mata ciliar está muito degradada e nós precisamos recuperar e fazer um parque com pista de caminhada e iluminação para que se faça uma integração entre o meio ambiente e a população”, diz.

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