A Polícia Civil de Goiás (PCGO) cumpriu, na manhã desta quinta-feira, 21, oito mandados de prisão contra membros da torcida organizada “Força Jovem”, em Goiânia e Aparecida. Incluindo a prisão em flagrante, nove pessoas foram presas no total. Os alvos constituem uma associação criminosa que, por meio de torcida organizada, praticaram lesão corporal grave, sequestro qualificado e roubo contra um jovem em Aparecida de Goiânia, no dia 31 de outubro deste ano.

Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão cautelar. As investigações tiveram início após uma partida de futebol amador envolvendo membros da torcida organizada “Esquadrão Vilanovense” no setor Vila São Tomaz, em Aparecida de Goiânia, oportunidade em que diversos indivíduos trajando vestimentas da torcida organizada “Força Jovem” desembarcaram de dois veículos automotores e portando arma de fogo e armas brancas, atacaram os torcedores rivais, tendo sequestrado uma vítima, que após ter seus objetos subtraídos, foi severamente agredida, tendo sido localizada apenas no dia seguinte, já internada no hospital HUGO em Goiânia.

Durante as investigações, ainda foi apurado que esse grupo criminoso teria novamente emboscado e agredido severamente um torcedor rival, na noite de 17/12/2023, no setor Madre Germana, em Goiânia/GO. Foram presos durante a operação policial 9 pessoas, sendo 8 por mandado de prisão e uma em flagrante delito, além da apreensão dos veículos automotores utilizados nas emboscadas, armas brancas e vasto material ligado a torcida organizada.

A divulgação da identificação dos presos foi procedida nos termos da Lei 13.869/2019, portaria n° 547/2021 – PC, e Despacho da Autoridade Policial responsável pelas investigações, justificadas na possibilidade real de identificação de novas vítimas. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos, mas o espaço segue aberto.

Segundo o delegado que investiga o caso, Samuel Moura, eles vão responder pelos crimes de associação criminosa, sequestro qualificado com sofrimento da vítima e roubo qualificado pela lesão grave que uma das vítimas sofreu. Somadas as penas, podem pegar até 26 anos de reclusão.

A operação contou com apoio tático da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE/GT3), Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e a Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH).