PL e MDB avaliam apoiar Alcolumbre na sucessão do Senado
18 março 2024 às 08h24
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Daqui aproximadamente um ano vão acontecer as eleições para as mesas diretoras no Congresso Nacional e no Senado. Diante do favoritismo de Davi Alcolumbre (União-AP) para suceder Rodrigo Pacheco (PSD-MG), os maiores partidos da Casa começam a rever estratégias para aderir à candidatura do parlamentar. As duas maiores siglas no Congresso, MDB e PL, enfrentam dificuldades em lançar concorrentes para Alcolumbre.
As duas legendas, segunda e terceira maiores do Senado, entraram na disputa com Pacheco. O PL, em 2023, com Rogério Marinho (RN), e o MDB, em 2021, com Simone Tebet, hoje ministra do Planejamento do governo Lula. Uma ala da oposição ainda avalia lançar um candidato mais ligado ao bolsonarismo, como Tereza Cristina (PP-MS).
Alcolumbre, que conta com o apoio de Pacheco, presidiu a casa legislativa de 2019 a 2021, quando foi sucedido justamente pelo aliado, que está no segundo mandato à frente do posto. Alcolumbre presidia a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), considerado o colegiado mais importante do Senado Federal por ser porta de entrada de tramitação para praticamente todas as proposições. Atualmente, a CCJ é presidida pela deputada Caroline de Toni (PL-SC).
Os presidentes do PL, Valdemar Costa Neto, e do PP, Ciro Nogueira, sinalizaram apoio a Alcolumbre, que hoje é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), principal colegiado do Senado. Integrantes da oposição consideram que o saldo da última disputa com Pacheco em 2023 foi muito ruim, dado que o grupo ficou alijado das comissões e da Mesa Diretora da Casa.
Câmara dos Deputados
Considerado nos bastidores o preferido de Arthur Lira para sucedê-lo, Elmar Nascimento foi apontado como favorito na disputa. Na sequência, aparecem os deputados Marcos Pereira (SP), presidente nacional do Republicanos; Antonio Brito (BA), líder da bancada do PSD; e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
O desfecho da disputa na Câmara dependerá diretamente da capacidade de Arthur Lira em influenciar seu processo sucessório. Analistas avaliam que Lira ganhou força com a distribuição dos comandos das comissões temáticas na casa legislativa, concedendo à oposição ao governo colegiados centrais – o que pode aumentar a dependência do Palácio do Planalto no deputado alagoano.
Outro fator importante será o nível de interferência do Poder Executivo na definição do próximo presidente da casa legislativa, seja por meio de movimentações de bastidores ou até com o uso de instrumentos disponíveis à Presidência da República.