Em entrevista exclusiva ao Jornal Opção, o pastor evangélico Cláudio Lucas Romero (PL) afirmou que será candidato a vereador em Anápolis. Em sua incursão política, Romero fala que é importante a presença das instituições religiosas nas discussões políticas, no que ele entende ser uma questão de responsabilidade social. “A Igreja tem de estar na política e acredito que os pastores devem sair do ambiente da covardia e tomar posicionamento naquilo que eles pregam e creem”, afirmou.

Nas redes sociais, o pastor critica abordagens sobre sexualidade em sala de aula e, no final do ano passado, chegou a apresentar projeto para a Câmara de Anápolis onde tratava sobre o uso da separação de banheiros por sexo biológico.

Em vídeo, ele mostra que entregou aos vereadores de Anápolis uma proposta para projeto de lei que garante o uso da separação de banheiros por sexo biológico em templos religiosos, escolas confessionais e instituições mantidas pelas igrejas. A ideia, de acordo com ele, é evitar que projetos no sentido contrário, que determinem a nomeação de sanitários por identidade de gênero, avancem para dentro dos templos e entidades ligadas a eles.

Além disso, o pastor também expôs suas convicções a respeito do ensino da sexualidade em sala de aula. “A sexualidade das crianças é um objeto de tratativa dos pais. Eu sou pai de três e eu não quero professor nenhum falando sobre sexualidade com os meus filhos. Eles aprendem comigo, dentro da minha casa. A escola é um lugar para você ensinar português, matemática, geografia. Tem que parar com essa doutrinação”, argumentou. A questão sobre sexualidade em sala de aula voltou à tona após a diretora de uma escola em Santa Cruz do Sul (RS) acusar o premiado romance “O avesso da pele”, de Jeferson Tenório, de ter vocabulário de “baixo nível”, para vetar a obra no colégio.

Além do Rio Grande do Sul, outros dois estados, incluindo Goiás, recolheram o livro das suas redes de educação. O livro integra o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), do Ministério da Educação, que atende a escolas públicas de todo o país. A escolha das obras literárias a serem adotadas é feita pelos educadores de cada escola a partir de um Guia Digital. “O avesso da pele” foi incluído por uma portaria em 2022, no governo Jair Bolsonaro, depois de ser selecionado por um edital de 2019.