Oposição e situação disputam maioria na CEI da Comurg na Câmara
06 março 2023 às 15h09

COMPARTILHAR
Amanhã, 7, a diretoria da Câmara Municipal vai notificar os líderes de partidos para que indiquem os membros que formará a Comissão Especial de Investigação (CEI) que vai apurar supostas irregularidades na Companhia Municipal de Urbanização (Comurg). Comissão será composta por sete vereadores.
A proporcionalidade partidária na CEI é feita com base na quantidade de parlamentares por sigla. Por exemplo, o número de cadeiras na Casa será dividido pelo número de vagas no colegiado, ou seja, a quantidade de parlamentares, os 35, serão divididas pelas sete vagas, chegando ao quociente cinco. A legenda com representantes que cheguem a esse valor tem o direito de indicar membros.
Assim, o MDB com seis parlamentares e o Partido da Mulher Brasileira (PMB) com quatro terão maior probabilidade de indicar membros para a CEI. No entanto, outra alternativa são as formações de blocos entre partidos que podem mudar o jogo. Esses blocos partidários precisarão ser formados nesta segunda-feira, 6, para dar tempo de indicar os seus integrantes até esta terça-feira, 7. Resta saber como serão as articulações entre oposição e base de Rogério Cruz para comandar este processo na Câmara.
Na sexta-feira, o vereador Paulo Magalhães (União Brasil) afirmou que existe a expectativa de que seja um dos relatores da investigação. O bloco “Vanguarda” é formado com os vereadores Igor Franco (Solidariedade), Anderson Bokão (Solidariedade) e Welton Lemos (Podemos) e dependendo das adesões poderá indicar outro nome. “Tivemos uma reunião e ficou acertado de indicarmos dois. Eu sou do União Brasil e fui um dos primeiros a assinar a CEI da Comurg”, contou o parlamentar para o Jornal Opção. “Espero que quem assinou o documento não tenha a fraqueza de retirar a assinatura, isso é uma coisa séria. Onde há fumaça, há fogo”, completou Paulo Magalhães.
Na última semana, 24 vereadores assinaram o documento. O pastor republicano, Isaias Ribeiro, que havia assinado o documento retirou seu apoio à CEI no mesmo dia alegando que havia se equivocado. Do restante, ao menos 15 têm vínculos com o Paço: Cabo Senna (Patriota), Igor Franco (Pros), Edgar Duarte (PMB), Geverson Abel (Avante), Henrique Alves (MDB), Leandro Sena (PMB), Leia Klébia (PSC), Léo José (Republicanos), Paulo Henrique da Farmácia (Agir), Raphael da Saúde (DC), Sabrina Garcez (Republicanos), Sargento Novandir (Avante), Thialu Guiotti (Avante), Welton Lemos (Podemos) e Willian Velozo (PL). E pode ser que entre esses ainda existam baixas na assinatura do documento.
Vale lembrar que no finalzinho do ano passado, o prefeito Rogério Cruz tentou passar na Casa uma suplementação de R$ 30 milhões à Comurg. A iniciativa gerou desconfiança que barrou a proposta e pediu explicações sobre a destinação e aplicação dos valores. O Paço, diante disso, retirou a matéria de pauta.
