O deputado federal Gustavo Gayer (PL) solicitou ao Supremo Tribunal Federal autorização para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, mas o pedido foi negado, nesta sexta-feira, 8, pelo ministro Alexandre de Moraes. O ex-presidente está em prisão domiciliar desde a última segunda-feira, 4.

Na decisão, o ministro afirmou que Gayer é alvo de uma apuração que tem conexão com as investigações contra Bolsonaro, que está impedido de se comunicar com outros investigados. Esse foi o primeiro pedido negado por Mores desde a prisão do ex-presidente.

Em face da medida cautelar imposta ao custodiado Jair Bolsonaro pela decisão de 17/7/2025, consistente em proibição de comunicar-se com réus ou investigados em ações penais, ou inquéritos conexos, inclusive por meio de terceiros, indefiro a autorização de visita para Gustavo Gayer Machado de Araújo, uma vez que é investigado na PET 12.042/DF

No pedido, o deputado goiano afirmou que a visita teria caráter institucional e humanitário e que seria motivada pela relevância do papel público exercido por Bolsonaro além de ser presidente de honra do PL. O parlamentar ainda afirmou que estava disposto a cumprir todas as restrições exigidas, como, por exemplo, não registrar o encontro em redes sociais.

Nas redes sociais o deputado afirmou que as ações em que é investigado nada tem haver com as ações contra Bolsonaro e disse que ministro inventou as alegações contra ele.

Mais visitas

Ainda nesta sexta-feira, Bolsonaro solicitou que seus advogados entrassem com um pedido de autorização para que familiares de Michele Bolsonaro possam comparecer na casa do ex-presidente, em um condomínio de luxo em Brasília, em razão da comemoração do Dia dos Pais.

Em decisões recentes, o ministro Alexandre de Moraes já afirmou que a visita de familiares ao ex-presidente, como filhos, noras, netos e cunhados, não precisam de autorização prévia do Supremo.

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