Kajuru aciona Ministério Público Federal contra presidente do Banco Central

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O senador Jorge Kajuru (PSB) acionou o Ministério Público Federal (MPF) contra o Banco Central do Brasil (BACEN) e o seu presidente Roberto Campos Neto, por omissão no crime de lavagem de dinheiro de ouro obtido de forma ilegal.
O representante goiano no Senado Federal cobra responsabilização e explicações da autarquia federal em relação a compra de ouro e na fiscalização de sua extração ilegal realizada em todo país.
“O BACEN também realizou compras de robustas de ouro, algo na ordem de R$ 17,3 bilhões. O montante expressivo somado ao avanço importante do garimpo ilegal no Brasil e a participação de DTVM’s comercializando esse minério “sujo”, sugere que parte dessas compras pode ser oriunda de lavras irregulares. É preciso que se investigue”, diz trecho da nota enviada à imprensa sobre o assunto.
A justificativa da denúncia do senador Kajuru se baseia no fluxo da extração e venda do ouro no Brasil, que deve ser realizada obrigatoriamente por uma instituição financeira, às Distribuidoras de Valores Mobiliários (DTVM’s). Elas são as entidades autorizadas pelo BACEN para comprar e negociar o minério. A primeira compra do ouro após ser extraído é realizada pelo Posto de Compra de Ouro (PCO), que pertence a uma DTVM.
“A aceitação da minha denúncia foi muito bem recebida no MPF que eu acredito que irá iniciar as investigações logo após o Carnaval. Minha dúvida é se o processo irá ser aceito na Procuradoria-Geral da República”, disse ao Jornal Opção em entrevista de Brasília. O senador também afirmou que também poderá recorrer à Polícia Federal para colaborar nos trabalhos de investigação dos fatos.
Nesta tarde Kajuru esteve em reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para selar o cumprimento do acordo de indicação do seu colega de bancada partidária, o senador paranaense Flávio Arns, que será confirmado presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte. “Pacheco que é um homem de palavra cumprirá o compromisso firmado no passado e indicará Flávio Arns que é uma referência em conhecimento da Educação brasileira”, disse.