O Ministro-Chefe da Advocacia-Geral da União (AGU) e um dos possíveis candidatos à próxima vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), Jorge Messias, tem se destacado recentemente com ações que chamaram a atenção no âmbito político, sugerindo uma eventual indicação pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Messias realizou duas ações notáveis recentemente. A primeira delas foi uma resposta à anulação das provas do acordo de leniência da Odebrecht na Operação Lava Jato pelo Ministro Dias Toffoli. Nesse contexto, ele determinou a formação de uma força-tarefa para investigar as autoridades envolvidas na situação.

A segunda iniciativa envolveu a Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD), um órgão interno da AGU, na investigação do jornalista Alexandre Garcia. A PNDD foi estabelecida por Lula em janeiro com o propósito de combater a “desinformação sobre políticas públicas,” embora tenha gerado controvérsias devido a preocupações relacionadas a avaliações arbitrárias.

Em uma entrevista concedida ao Estadão durante um evento, Messias mencionou a possibilidade de uma atuação mais ampla da Procuradoria no combate à “atividade profissional” de disseminação de notícias falsas. Ele destacou a importância de combater a desinformação sobre políticas públicas cruciais, como a vacinação. A AGU demonstrou preocupação com essa prática, que mina a confiança nas instituições e coloca vidas em risco. A PNDD já conduziu investigações sobre a disseminação de fake news relacionadas a vacinas e à política de transplantes, visando uma rede de atores em vez de alvos específicos.

A possível nomeação de Jorge Messias para o STF ganha força à medida que ele se posiciona em questões de destaque no cenário político, especialmente à espera da abertura da vaga no tribunal devido à aposentadoria da Ministra Rosa Weber, prevista para setembro.