Israel e Palestina: conflito internacional e falas de Lula movimentam a Câmara de Goiânia
22 fevereiro 2024 às 16h10
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O principal assunto da Câmara Municipal de Goiânia após o feriado de Carnaval foi o conflito entre Israel e Hamas no Oriente Médio. Após a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparando a guerra ao holocausto, o vereador Ronilson Reis (Solidariedade) protocolou nesta semana uma moção de repúdio ao chefe de Estado. Uma situação que gerou discussões entre parlamentares durante as sessões desta semana.
Os debates calorosos começaram na quarta-feira, 21, quando Reis apresentou começou a falar sobre o assunto. Além dele, os vereadores Welton Lemos (Podemos) e Cabo Senna (PRD) também criticaram a fala fala do presidente. Já as parlamentares Aava Santiago (PSDB) e Kátia Maria (PT) se posicionaram contra a moção de repúdio e criticaram a iniciativa do vereador do Solidariedade.
“Lula fez uma comparação totalmente esdrúxula”, conta Reis, em justificativa para apresentar a moção de repúdio. “Israel vem se defendendo de um grupo terrorista que matou mais de 1,2 mil pessoas e cometeu outros crimes, como estupros, em outubro. (…) Então é totalmente cabível apresentar essa moção de repúdio”, argumenta.
Reis tentou que a moção fosse aprovada nas sessões de ontem e de hoje, quinta-feira, 22, mas não obteve sucesso. Em ambas as ocasiões, houve falta de quórum para aprovar o requerimento.
Durante a sessão desta quinta-feira, 22, ainda houve confusão, após os vereadores favoráveis a moção tentarem ganhar tempo para atingir o quórum necessário. Além das discussões, os parlamentares tentaram pressionar Isaías Ribeiro (Republicanos), que estava presidindo a sessão. Entretanto, ainda faltou um vereador para atingir a quantidade mínima e validar a votação.
Para a única representante do Partido dos Trabalhadores (PT) na Casa, Kátia Maria, a moção de repúdio é “totalmente descabida” com o contexto atual do município. “Goiânia tá pingando problema, nós estamos enfrentando crise na saúde com a dengue, problemas na edução, entre outros. E o pessoal quer discutir sobre uma fala distorcida de um episódio internacional?”, questiona.
Sem votação hoje, a expectativa é de que moção de repúdio possa voltar a entrar em pauta na próxima semana.
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