O vice-presidente estadual do Cidadania em Goiás, Michel Roriz, afirmou, neste sábado, 13, que o partido vive um período de indefinição provocado pela instabilidade jurídica na direção nacional da sigla. Segundo ele, a liminar que recolocou Roberto Freire na presidência nacional interrompeu negociações, criou insegurança interna e deixou todas as decisões estratégicas suspensas até que o cenário seja definitivamente esclarecido. 

Errata: Anteriormente, foi informado nesta matéria que Michel Roriz era presidente estadual do Cidadania. No entanto, ele foi substituído por Iure de Castro em abril deste ano. Hoje, Roriz consta como vice-presidente da legenda. A informação foi corrigida.

Em entrevista ao Jornal Opção, Roriz explicou que a troca de comando, ainda não consolidada judicialmente, fragilizou as orientações políticas que vinham sendo construídas pela antiga direção. “Houve uma fragilidade nas decisões nacionais. Com a liminar, tudo ficou sob insegurança jurídica. Agora é aguardar para entender qual será o cenário definitivo”, afirmou. 

Ele reforça que, diante desse quadro, o diretório goiano deve manter “cautela máxima” antes de assumir compromissos ou anunciar alianças. “É preciso segurança política para saber qual caminho tomar. Enquanto a situação nacional não se estabilizar, não há como fechar posição”, disse. 

Apoios para 2026

Roriz negou que exista acordo firmado com Daniel Vilela (MDB) ou com o governador Ronaldo Caiado (UB). Ele confirma que se reuniu com ambos, mas destaca que foram conversas pessoais, sem caráter institucional.  “Não há fechamento com A ou B […]. Tudo está em espera”, explicou. 

Segundo ele, somente após a definição da executiva nacional será possível discutir alianças regionais de forma responsável. 

No entanto, conforme apurado pelo Jornal Opção, apesar das indefinições, a legenda caminha para integrar o projeto de Vilela para 2026. O partido de Roriz, inclusive, tem um histórico de rompimento com o ex-governador Marconi Perillo – hoje pré-candidato ao governo – e o PSDB, partido com o qual foi federado.

O fim da aliança com os tucanos, destaca-se, foi visto com alívio por parte de lideranças do Cidadania na ocasião do anúncio. “Foi muito ruim para o Cidadania, perdemos muita coisa”, disse Michel Roriz, em fevereiro deste ano.

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