O grupo Poder Feminino, criado em 2022, foi idealizado com o objetivo de aumentar o quadro de mulheres eleitas no Brasil. O movimento ecofeminista de empoderamento trans feminino foi desenvolvido pelo urbanista Fred Le Blue Assis e pela secretária da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) Cristina Lopes Afonso.

O objetivo do Poder Feminino é desenvolver uma sociedade mais igualitarista, sustentável e multiculturalista, apresentando 5 eixos norteadores: combate ao machismo, promoção da igualdade de direitos, garantia da saúde das populações minoritárias, defesa da agenda da ONU e formações educativas e reeducativas (confira ao final da reportagem).

Segundo Fred, essas premissas são fundamentais. “Processos educativos de mudanças culturais de valores, atitudes e comportamentos podem catalisar novos padrões mentais, discursivos, sociais, ambientais e tecnológicos, garantindo maior liderança (trans) feminina na vida urbana, econômica, política, social e familiar”, explicou.

Após a fase inicial, o Poder Feminino passou a ter um papel de divulgação cultural e cientifica sobre conteúdos informativos e eventos formativos sobre igualdade de gênero e direitos das mulheres. Agora, a proposta do grupo será atuar com educação humanista e sustentável, formando cidadãs e cidadãos plenos e economicamente ativos.

Eixos do Poder Feminino

1) Combate ao machismo estrutural, pobreza menstrual, feminicídio, transhomofobia e à violência obstétrica, processual e medicamentosa cometida contra mulheres;

2) Promoção da igualdade de direitos e oportunidade nos ambientes de trabalho público e privado, bem como, maior inclusão física (trans) feminina nos espaços públicos, sobretudo, em áreas abertas de verde urbanizado em horários noturnos;

3) Suporte à saúde financeira, corporal, mental e espiritual para as populações minoritárias de direitos, compostas por mulheres e LGBTQIA+, visando formar redes de capacitação laboral e empreendedorística, de apoio psicológico e social, e de economia solidária e cooperativa;

4) Defesa dos 17 Objetivos de Desenvolvimento da Agenda 2030 (ONU), vez que são as mulheres as mais impactadas pelas mudanças climáticas e desigualdades sociais, a partir da compreensão de que a destruição da Mãe Natureza pelo “homem” antropocêntrico é também uma pauta feminista. Assim, as mulheres são mais impactadas nos seus territórios locais pelas mudanças climáticas globais;

5) Disseminação de formações educativas e reeducativas em grupos masculinos sobre masculinidade tóxica, Lei Maria da Penha e Direitos Humanos, visando desconstruir e evitar falas, situações e ações tipificáveis como crimes de intolerância de gênero ou violência doméstica e familiar: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial.