Elias Vaz pede ao TCU investigação sobre gastos ‘absurdos e situações obscuras’ com cartão corporativo de Bolsonaro

14 janeiro 2023 às 12h32

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O ex-deputado federal Elias Vaz (PSB) ingressou com representação no Tribunal de Contas da União (TCU), acusando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de “desvio de finalidade no uso de recursos públicos”.
A acusação do parlamentar que entrou com o pedido no último dia de dezembro refere-se à utilização de dinheiro público para ‘situações obscuras’.
Um dos pontos questionados por Vaz é o fato de haverem gastos com hospedagem e padaria em locais não previstos na programação de férias de Bolsonaro. “Se o Presidente e a equipe do GSI estavam a caminho de Santa Catarina no dia 18/12/2020, quem usufruiu dos R$ 27.710,00 em hospedagens nos hotéis da rede Novotel no Rio de Janeiro, alguém da família Bolsonaro?
Se o Presidente e sua equipe estavam no Guarujá no dia 02/01/2021, qual é a justificativa para o gasto de R$ 5 mil no Hotel Vila Rica Flat, Resende/Rj, quem se hospedou?”, questiona o parlamentar. Segundo Elias Vaz, não se pode alegar que os gastos estão ligados ao custeio de equipe de segurança para o ex-presidente.
O ex-deputado lembra que, segundo resposta do então ministro Gabinete Institucional, General Augusto Heleno, a requerimento parlamentar, a pasta gastou R$ 202.538,21 na segurança do Presidente durante as férias.
Elias também pede esclarecimentos sobre a contratação, por R$ 41.890,00 ,de empresas especializadas na promoção de eventos para locação de bens, uma delas especializada na promoção de eventos esportivos.
Na representação, ele destaca ainda que não houve justificativa do então Executivo para o gasto e não haveria, segundo ele, a necessidade de utilizar o avião da Força Aérea Brasileira (FAB), em razão do alto custo da operação.
Apenas neste ano, Bolsonaro já gastou R$ 22.751.636,53 no cartão corporativo, além de mais de R$ 1,2 milhão em alimentação dentro do avião presidencial. Somadas aos gastos estão as despesas do presidente com diárias para os militares das equipes de segurança que integram as viagens oficiais, um total de quase R$ 7 milhões.