“Estratégia de enfrentamento à violência de gênero pode reaproximar governo Lula e evangélicos”, aposta Aava Santiago

29 maio 2023 às 10h32


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A vereadora Aava Santiago volta a Brasília para se reunir com representantes do governo Federal para tratar do Plano Nacional de Enfrentamento à Violência de Gênero nas Comunidades Eclesiásticas. “O objetivo principal do Plano é habilitar lideranças eclesiásticas e comunidades de fé a constituírem redes de proteção, acolhimento e encaminhamento de mulheres em situação de violência para os serviços públicos de proteção”, afirma Aava. A agenda nesta semana será com Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, e com a senadora Eliziane Gama (PSD/MA).
A pesquisa “Uma Igreja Sem Voz: Análise de Gênero da Violência doméstica Entre Mulheres Evangélicas”, da teóloga Valéria Vilhena (Núcleo de Defesa e Convivência da Mulher Casa Sofia/SP), aponta que 40% das vítimas de violência física e verbal são evangélicas. “As mulheres sofrem violências nas mais variadas circunstâncias, o que difere neste caso, é que no ambiente de fé, elas buscam por soluções espirituais e são, por vezes, desencorajadas a enfrentar as situações de violência.
O plano já foi apresentado à Secretária Executiva do Ministério da Mulher, Maria Helena Guarezi; à senadora Eliziane Gama, ao secretário executivo do Ministério de Relações Institucionais Olavo Noleto; à deputada federal e Coordenadora da Bancada Feminina, na Câmara, Benedita da Silva, à deputada federal e presidente da Comissão da Mulher na Câmara, Lêda Borges, à Yandra Moura, coordenadora-geral do Observatório Nacional da Mulher na Política (ONMP) e à Ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco.


A parlamentar comenta que ao apresentar o Plano à coordenadora-geral do Observatório Nacional da Mulher na Política, Yandra Moura, já lhe foi adiantado que os dados levantados devem ser usados como indicadores pelo Observatório. “Além disso, após a incitação inicial, fui convidada a participar do processo de estruturação prática do Plano. A proposta foi bem reputada entre as principais lideranças que atuam na política de defesa nos direitos das mulheres, no Governo Federal. Essas lideranças operam com rigidez nesse enfrentamento e são muito próximas ao presidente Lula. Isso contribui para que o Plano se torne realidade em breve”, diz Aava.