“Esta presidência agirá com veemência para manter a ordem”, diz Bruno Peixoto após bate-boca entre deputados

Um dia após acirramento de tensões na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), a deputada estadual Bia de Lima (PT) cobrou medidas da presidência e da mesa diretora acerca de agressões verbais que ela relatou sofrer na Casa. A parlamentar pediu ainda intervenção do líder do governo, Wilde Cambão (PSD), sobre o caso.    

Devido ao feriado de Nossa Senhora Aparecida, a sessão ordinária desta quarta-feira, 11, foi realizada no período da manhã, às 9h (pelo regimento ocorre, normalmente, de terça a quinta-feira, às 15h). O plenário estava esvaziado. Da tribuna, Bia de Lima denunciou que “vem sendo atacada prontamente, com palavras de baixa calão.

“De uma grosseria que me surpreendi como mãe, mulher; me surpreendi como professora, porque ser chamada das palavras que tenho sido reiteradamente chamada aqui nesta Assembleia, isso não enobrece esta Casa”, desabafou.

A parlamentar acentuou que discordâncias de opinião são normais em um ambiente democrático, mas ataques pessoais e falta de respeito não condizem com o ambiente Legislativo. Ela acrescentou preocupação pela maneira que o Partido dos Trabalhadores (PT) é tratado na Casa.

Em resposta, o presidente da Casa, Bruno Peixoto (UB), se comprometeu na atuação da mesa diretora com rigor do regimento interno. “Esta presidência agirá com veemência para manter a ordem, não podemos aceitar que deputados e deputadas utilizem da tribuna para agredir seus pares, seja com palavras ou fisicamente. Eu quero aqui, informar meu respeito por todos, independe da questão partidária, base ou oposição, mas nós vamos agir, com veemência”, prometeu.

Bia de Lima disse que, da parte dela, já foram tomadas algumas providências como protocolo de denúncias na Procuradoria da Mulher e na Comissão de Ética da Casa, além de acionamento do Ministério Público Federal (MPF).

Clima esquentou na Casa

Na sessão dessa terça-feira, 10, o deputado estadual Amauri Ribeiro (UB) precisou ser contido por seguranças do plenário para não agredir fisicamente o deputado estadual Mauro Rubens (PT).

A discussão era acerca do conflito no Oriente Médio entre Israel e o grupo Hamas.

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