Eleições municipais podem dar “dor de cabeça” pra Lula no Congresso

09 julho 2023 às 09h02

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A pouco mais de uma ano das eleições municipais, o próximo pleito eleitoral pode dificultar ainda mais a vida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional. Sem uma base sólida – a reforma tributária foi aprovada, mas com uma certa dificuldade -, o governo petista deve criar ainda mais arestas com os partidos aliados ao enfrentar aliados nas urnas.
Em Goiânia, por exemplo, o PT deve sim ter candidato. Até o momento, ventila-se o nome da deputada federal Adriana Accorsi (PT) – a que se sai melhor nas pesquisas -, e do ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira (PT). No entanto, na disputa pela Prefeitura da capital estão pelo menos três partidos aliados.
O MDB pode disputar contra o PT em Goiânia com a filha do ex-prefeito Iris Rezende, Ana Paula Craveiro (MDB). Já o PSD pode vir para o pleito com o senador Vanderlan Cardoso (PSD), que tem aparecido bem posicionado nas últimas pesquisas divulgadas.
Já o União Brasil, que nacionalmente compõe com o governo Lula, também pode lançar candidatura na capital. Nesse caso, o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Bruno Peixoto (UB), e a deputada federal Silvye Alves (UB), aparecem nas últimas pesquisas divulgadas com destaque.
De acordo com um levantamento divulgado pelo jornal O Globo, os petistas vão enfrentar nas próximas eleições municipais candidatos do MDB, do PSD ou do União Brasil em 23 das 26 capitais. As três siglas, somadas, estão no comando de nove ministérios e foram fundamentais na aprovação da reforma tributária, mesmo com algumas “traições'”.
Entre os dissidentes do UB, que possui três ministérios em Brasília, estão os deputados federais da bancada goiana na Câmara. Tanto Silvye quanto Dr. Zacharias Calil (UB) votaram contra o principal projeto do governo petista até o momento.