Conservadores, nacionalistas e pela segurança: o que dizem os dados sobre as candidaturas militares em Goiás

23 agosto 2025 às 21h00

COMPARTILHAR
Desde a redemocratização, a presença de candidaturas militares não é uma novidade nas eleições brasileiras. Ao longo da história, o país teve diversos representantes militares que protagonizaram formas de governos. Nos últimos anos, no entanto, os aspirantes militares à política chamaram mais atenção midiática devido a eleição inusitada e inesperada do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que conseguiu emplacar a maior alteração dos parâmetros políticos até então — focados no antagonismo do PSDB e PT. Em Goiás, essa ‘onda’ de mudanças atingiu em cheio o eleitorado, que passou a buscar mais temas políticos ligados à direita, ao conservadorismo, ao militarismo e os valores tradicionais. Nesse sentido, muitas candidaturas militares se beneficiaram, principalmente nos legislativos goianos.
Com esse foco, o Jornal Opção buscou os dados, junto à Associação de Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar e Bombeiros Militares de Goiás (Assego), das últimas eleições em Goiás para entender as preferências partidárias dos militares. Também, entrevistou a cientista política Rejaine Pessoa e as principais lideranças militares, que almejam à Câmara dos Deputados.
Conservadorismo e ordem
A eleição de 2022 revelou um retrato ideológico claro entre os candidatos militares goianos: a preferência esmagadora por partidos de direita e centro-direita, com destaque para o PL, PRTB, PATRIOTA e PTB. Juntos, esses partidos concentraram a maior parte dos votos da categoria, evidenciando um alinhamento com pautas conservadoras, nacionalistas e voltadas à segurança pública.
O Partido Liberal (PL) liderou com 55.673 votos, impulsionado por nomes como Major Araújo (33.928 votos) e Coronel Benito Franco (10.343 votos). Em seguida, o PRTB obteve 30.506 votos, seguido pelo PATRIOTA com 36.134 e o PTB com 23.085. Partidos de centro como AVANTE e UNIÃO também marcaram presença, embora com menor protagonismo ideológico.
Partido | Total de Votos | Perfil Ideológico (geral) |
PL | 55.673 | Direita / Conservador |
PRTB | 30.506 | Direita / Nacionalista |
PTB | 23.085 | Direita / Conservador |
UNIÃO | 18.516 | Centro-direita / Liberal |
PATRIOTA | 36.134 | Direita / Conservador |
AVANTE | 47.243 | Centro / Volátil |
NOVO | 6.267 | Direita / Liberal |
PMN | 4.331 | Centro / Volátil |
DC | 751 | Direita / Cristão |
PSOL | 118 | Esquerda / Progressista |
PT | 2.153 | Esquerda / Social-democrata |
MDB | 4.518 | Centro / Tradicional |
PODEMOS | 3.994 | Centro-direita |
SOLIDARIEDADE | 855 | Centro-esquerda |
A esquerda teve participação tímida: o PT somou apenas 2.153 votos com o Subtenente Gilson Gomes, enquanto o PSOL e o SOLIDARIEDADE não ultrapassaram mil votos. Essa baixa representatividade reforça a tendência histórica de alinhamento dos militares com valores como ordem, disciplina, patriotismo e defesa da família.
A presença feminina entre os candidatos militares foi minoritária, com cerca de 5% dos votos totais. Nenhuma mulher foi eleita, embora algumas tenham alcançado a condição de suplente, principalmente por partidos de centro-direita como UNIÃO e MDB.
Nome | Partido | Cargo | Votos | Resultado |
Sargento Silvia | PP | Fed. | 785 | Suplente |
Sargento Silvana Maria | UNIÃO | Est. | 742 | Suplente |
Sargento Thaís | UNIÃO | Est. | 465 | Suplente |
Sargento Denise Brasil | MDB | Fed. | 4.518 | Suplente |
Sargento Nélia | PTB | Fed. | 261 | Não Eleita |
Sargento Cida | PTB | Fed. | 273 | Não Eleita |
Sargento Rosy | UNIÃO | Est. | 1.040 | Suplente |
Capitã Waleska | UNIÃO | Est. | 1.723 | Suplente |
Tenente Rhainna | UNIÃO | Est. | 1.078 | Suplente |
Sargento Sara | UNIÃO | Est. | 620 | Suplente |
A análise ideológica partidária demostra que o perfil predominante entre os militares é conservador e militarista, com foco em segurança pública e valores tradicionais. A baixa penetração da esquerda e a limitada participação feminina revelam um campo político ainda marcado por estruturas tradicionais e forte identidade institucional.
Eleições municipais de 2024 em Goiás
As eleições municipais de 2024 revelaram uma presença marcante de candidatos militares em diversas cidades goianas, com destaque absoluto para os policiais militares (PMs), que dominaram as disputas tanto em número quanto em capilaridade eleitoral. A maioria concorreu ao cargo de vereador, embora alguns tenham tentado vagas no Executivo como vice-prefeitos.
Em Goiânia, Major Vitor Hugo (PL), militar reformado do Exército, foi o vereador mais votado da capital e de todo o Centro-Oeste, com 15.678 votos. Ao lado dele, Sargento Novandir (MDB), também PM, foi reeleito vereador com 9.762 votos. Cabo Senna (PRD), outro nome da PM, garantiu sua vaga com 6.306 votos, e Coronel Urzêda (PL), da reserva da PM, também foi eleito vereador com 5.602 votos.
Município | Candidato | Cargo | Votos | Situação |
Goiânia | Major Vitor Hugo (PL) | MR | 15.678 | Eleito |
Goiânia | Sargento Novandir (MDB) | PM | 9.762 | Eleito |
Morrinhos | Gilserone (NOVO) | PM | 8.932 | Não Eleito |
Águas Lindas | Ribeiro do Túllio (PSDB) | PM | 9.171 | Não Eleito (Prefeito) |
Uruaçu | Coronel Maxwell (PL) | MR | 9.743 | Não Eleito (Vice) |
Goiânia | Cabo Senna (PRD) | PM | 6.306 | Eleito |
Goiás | Pastor Rogério (PL) | PM | 6.291 | Não Eleito (Vice) |
Goiânia | Coronel Urzêda (PL) | PM | 5.602 | Eleito |
Senador Canedo | SGTO Meire (PL) | PM | 3.711 | Não Eleito (Vice) |
Por outro lado, alguns militares tentaram cargos majoritários sem sucesso. Coronel Maxwell (PL), militar reformado, concorreu como vice-prefeito em Uruaçu e obteve 9.743 votos, mas não foi eleito. SGTO Meire (PL), policial militar, disputou a vice-prefeitura de Senador Canedo e também não se elegeu. Pastor Rogério (PL), PM e candidato a vice-prefeito em Goiás, não conseguiu vitória. Já Naldim Magalhães (PRD), militar reformado, foi eleito vice-prefeito em Alexânia.
Outros nomes com votações expressivas, como Gilserone (NOVO) em Morrinhos e Ribeiro do Túllio (PSDB) em Águas Lindas, não conseguiram se eleger. Gilserone disputou como vereador e ficou fora da lista de eleitos, enquanto Ribeiro tentou a prefeitura, mas foi derrotado por Dr. Lucas (UB).
A análise geral mostra que os PMs tiveram maior taxa de sucesso, especialmente em Goiânia, onde se destacaram entre os vereadores eleitos. Militares reformados também marcaram presença, mas com menor índice de vitória. Bombeiros e membros das Forças Armadas participaram pontualmente, sem impacto expressivo.
A preferência partidária entre os militares goianos se concentrou em siglas como PL, PRD e UNIÃO, reforçando o alinhamento com pautas conservadoras, de segurança pública e ordem institucional.
Militares se articulam para disputar as eleições de 2026
Com a aproximação das eleições de 2026, o cenário político goiano começa a ganhar contornos mais definidos — e um dos movimentos mais notáveis é o fortalecimento da participação de lideranças militares na disputa por cadeiras legislativas. Representando diferentes regiões do estado e com histórico de atuação em segurança pública, associações militares e gestão municipal, esses pré-candidatos prometem levar pautas ligadas à valorização das forças de segurança, direitos dos servidores e políticas públicas voltadas à segurança e ordem.
Destaques para a Câmara Federal
- Coronel Cardoso: Presidente da Associação de Oficiais da Polícia e do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás, é uma figura influente entre os oficiais da PM e BM. Sua candidatura representa a voz institucional das corporações.
- Major Vitor Hugo: Com experiência parlamentar e já tendo disputado o governo estadual em 2022, Vitor Hugo retorna ao cenário como vereador por Goiânia e pré-candidato a deputado federal. Sua trajetória no Exército e na política o coloca como um nome consolidado.
- Subtenente Sérgio: Presidente da Associação de Subtenentes e Sargentos PM & BM, é estreante na corrida eleitoral, mas conta com apoio expressivo das entidades militares goianas.
Pré-candidatos à Assembleia Legislativa
- Cabo Moraes: Vereador por Rio Verde em seu terceiro mandato, é um dos principais representantes do sudoeste goiano. Sua atuação local o credencia como liderança regional.
- Cabo Senna: Também em seu terceiro mandato como vereador em Goiânia, já foi suplente de deputado estadual e busca consolidar sua presença na política estadual.
- Capitã Waleska: Suplente de deputada estadual, sua candidatura reforça a presença feminina entre os militares na política.
- Coronel Urzêda: Vereador por Goiânia e suplente de deputado estadual, é conhecido por sua atuação firme em defesa da segurança pública.
- Major Eldecírio: Ex-prefeito de São Luís dos Montes Belos, traz experiência executiva e representa o oeste goiano.
- Sargento Novandir: Com três mandatos como vereador em Goiânia, é outro nome com forte base eleitoral na capital.
- Subtenente da Mata: Vereador por Bonfinópolis, representa a força política dos municípios menores.
- Subtenente Denise Brasil: Suplente de vereadora por Valparaíso e de deputada federal, é uma das vozes do Entorno do Distrito Federal.
- Tenente-Coronel Nilson Justino: Presidente da Caixa Beneficente dos Militares de Goiás, sua candidatura pode agregar apoio institucional e social.
Análise do cenário
A crescente presença de militares na política goiana reflete uma tendência nacional de maior engajamento das forças de segurança nos processos eleitorais. Em Goiás, esse movimento é impulsionado por associações organizadas, histórico de atuação comunitária e o desejo de representar diretamente os interesses da categoria no Legislativo.
Com nomes experientes e outros estreantes, a bancada militar promete disputar espaço com força e estratégia, especialmente em um estado onde a segurança pública é pauta prioritária para o eleitorado.
O vereador goiano Major Vitor Hugo (PL) tem se consolidado como uma das principais vozes da segurança pública no estado de Goiás. Com uma trajetória marcada por mais de duas décadas de atuação no Exército Brasileiro, o parlamentar agora se prepara para disputar uma vaga como deputado federal nas eleições de 2026, prometendo ampliar sua atuação em defesa dos profissionais civis e militares da segurança pública.

Em entrevista, Vitor Hugo destacou que dois terços de sua experiência profissional foram vividos dentro das Forças Armadas. “Tenho uma dívida de gratidão com o Exército. Foi onde aperfeiçoei os valores que recebi da minha família — verdade, probidade, responsabilidade, patriotismo”, afirmou. Filho de oficial da Marinha, ele reforça que a carreira militar moldou sua visão de mundo e o preparou para lidar com questões geopolíticas e desafios nacionais.
O vereador também relembrou sua trajetória internacional, tendo servido por dois anos na África e um ano nos Estados Unidos, além de passagens por estados como Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás. “Essa vivência me credencia a compreender melhor o Brasil em sua dimensão territorial e estratégica”, disse.
Além da formação militar na Academia das Agulhas Negras e em cursos operacionais de elite, Vitor Hugo também é graduado em Direito pela Universidade Federal de Goiás e pela UFRJ. Essa bagagem jurídica, segundo ele, foi essencial para compreender as especificidades das carreiras policiais e militares estaduais.
Durante sua passagem pela Câmara dos Deputados, onde atuou como líder do governo, Vitor Hugo se aproximou de diversas entidades representativas da segurança pública, incluindo policiais militares, civis, federais, penais e guardas municipais. “Esses profissionais têm contato direto com a população e compreendem suas angústias. Essa sensibilidade é fundamental para encontrar soluções reais para os problemas sociais”, pontuou.
O vereador também destacou os recursos que destinou a instituições de segurança pública em Goiás. Foram R$ 2 milhões para uma delegacia regional, R$ 1,5 milhão para o quartel do Corpo de Bombeiros em São Luís de Montes Belos, além de verbas para aquisição de pistolas pela Polícia Penal e simuladores de tiro para guardas municipais. “Esses investimentos são para garantir dignidade no trabalho e fortalecer a estrutura operacional das forças de segurança”, disse.
Uma das principais conquistas que Vitor Hugo celebra é a inclusão dos militares estaduais na reforma da proteção social de 2019. “Atuei diretamente para garantir a integralidade e paridade também para os policiais militares e bombeiros estaduais. Hoje, por força de lei federal, os governadores não podem retirar esses direitos”, explicou.
Com o nome já citado como um dos principais representantes da segurança pública em Goiás, Vitor Hugo encara sua pré-candidatura com entusiasmo. “Fico feliz com esse reconhecimento. Quero voltar à Câmara para continuar esse trabalho, porque nossos profissionais civis e militares são os melhores do Brasil. Com estrutura e valorização, Goiás pode se tornar ainda mais seguro”, concluiu.
Militares rumo à Câmara Federal em 2026
Em meio a maior busca por representatividade de perfis alinhados à segurança, à ordem e à defesa da família, o Subtenente Sérgio, presidente da Associação de Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar e Bombeiros Militares de Goiás (Assego), desponta como uma das apostas mais promissoras para a corrida eleitoral de 2026 à Câmara dos Deputados.
Estreante na disputa federal, Sérgio já conta com apoio expressivo das entidades militares goianas e tem se destacado como porta-voz de uma categoria que, segundo ele: “É a única presente em todos os municípios do estado e que dialoga diariamente com todas as camadas sociais”, pontua.
“Defendemos o que vivemos na prática”, afirma o subtenente. “Os militares conhecem a realidade do povo como poucos. Estamos nas ruas, nas escolas, nas comunidades. Essa vivência nos dá autoridade para propor políticas públicas que realmente atendam às necessidades da população”, completa.
Segundo Sérgio, a pauta central de sua candidatura é dupla: fortalecer os direitos dos profissionais militares, que ele considera uma categoria historicamente desassistida, e ampliar a presença do Estado nas áreas mais sensíveis da sociedade, com foco especial na segurança pública.
Pautas Prioritárias:
- Valorização profissional dos militares estaduais
- Expansão e fortalecimento dos colégios militares
- Combate firme à criminalidade
- Defesa dos valores familiares e patrióticos
- Maior presença do Estado nas periferias e zonas rurais
“O povo reconhece o trabalho dos militares. A aprovação dos colégios militares é prova disso. E mais do que nunca, a sociedade quer políticos que tenham firmeza, que não se curvem diante do crime, que defendam a família e que sejam patriotas de verdade”, reforça Sérgio.
Ascensão militar e o risco democrático
A presença de militares em cargos públicos no Brasil não é novidade, mas tem ganhado novos contornos nas últimas décadas. Segundo a cientista política Rejaine Pessoa, esse fenômeno, embora enraizado na história nacional desde a Proclamação da República, voltou a ocupar espaço de destaque com implicações profundas para a democracia brasileira.

A participação de militares em funções civis, seja por meio de eleições ou nomeações, tem se intensificado. Rejaine relembra que, após o fim da ditadura militar em 1985, a Constituição de 1988 estabeleceu a subordinação das Forças Armadas ao poder civil. No entanto, esse equilíbrio tem sido desafiado por uma nova onda de protagonismo militar.
Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, militar da reserva, o Brasil testemunhou uma militarização sem precedentes da administração pública. Mais de 6 mil militares foram nomeados para cargos no Executivo, em uma estratégia que, segundo Pessoa, não foi pontual, mas parte de um projeto político deliberado.
Um dos fatores que explicam esse movimento é a crise de confiança nas instituições civis. Para muitos brasileiros, as Forças Armadas representam uma instituição mais confiável e menos suscetível à corrupção do que os partidos políticos tradicionais. Essa percepção abre espaço para que figuras militares sejam vistas como salvadoras em momentos de instabilidade.
Além dos cargos executivos, a lógica militar tem se expandido para áreas como educação, com a implementação de escolas cívico-militares, e programas sociais, reforçando a ideia de que disciplina e hierarquia podem ser aplicadas com sucesso na vida civil.
Apesar da aparente eficiência, Rejaine Pessoa alerta para os riscos dessa militarização. A nomeação de militares para funções civis pode enfraquecer o controle e a fiscalização por parte do poder civil, comprometendo a subordinação constitucional das Forças Armadas. Mais preocupante ainda é a importação de valores militares, como hierarquia rígida e espírito de corpo, para a política, ambiente que exige pluralidade, negociação e diálogo.
A cientista política também destaca o perigo da politização das Forças Armadas. Ao se envolverem em crises e escândalos políticos, os militares correm o risco de perder a confiança da sociedade, o que compromete sua função institucional de defesa do Estado. Além disso, essa presença pode alimentar a ideia de que os militares têm autoridade para intervir em momentos de crise, o que representa uma ameaça direta à estabilidade democrática.
Para Rejaine Pessoa, discutir a crescente presença militar na política é essencial para garantir que a democracia brasileira não retroceda. “É preciso assegurar que as Forças Armadas permaneçam dentro de suas atribuições constitucionais, como instituições de defesa e não de governo”, afirma.
O debate sobre o papel dos militares na política brasileira continua urgente — e, como destaca a especialista, é um passo necessário para proteger a democracia e fortalecer o poder civil em tempos de incerteza.
Escola de formação de políticos
Para contribuir com a formação de militares e outros cidadãos, a Associação de Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar e Bombeiros Militares de Goiás (Assego), criou o Patronos, que é uma escola de formação política suprapartidária que tem por objetivo de capacitar cidadãos que desejam atuar como lideranças em suas comunidades.
Voltada especialmente para pessoas que enfrentam barreiras como falta de formação acadêmica ou acesso a grandes centros, a instituição oferece uma abordagem acessível e prática, promovendo o engajamento político consciente e transformador. Aberta ao público em geral, a escola busca formar representantes comprometidos com a realidade local e preparados para fazer a diferença onde vivem.
A escola não tem um foco ideológico específico, busca trazer um maior conhecimento técnico para quem almeja se preparar para a disputa eleitoral.