A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) está enfraquecida, mas ainda tem diligências em Goiás. Em Goiás, a ala conservadora da CPI é representada pelos deputados Gustavo Gayer (PL GO) e Magda Moffato (Patriota). Apesar de ter sido divulgado que o nome da deputada havia sido retirado da comissão, a assessoria negou essa informação e disse que ela segue na CPI.

Na manhã desta segunda-feira, 14, Magda Moffato e os deputados Adriana Accorsi (PT) e Mauro Rubem (PT) visitam a Prefeitura de Hidrolândia, a fazenda São Lukas e a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A CPI, que teve seu início em maio de 2023, foi iniciada por membros da oposição ao Governo Lula, mas tem perdido as forças e poderá acabar nesta terça-feira,15.

O relator da Comissão, deputado Ricardo Salles (PL-SP) afirmou na última quinta-feira, 10, que a comissão deve encerrar os trabalhos nesta semana. Prevista para acabar no dia 14 de setembro, ela foi enfraquecida após aliança entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o Governo Federal.

Após uma série de ataques a ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e tentativas de vincular o governo a crimes atribuídos ao MST, líderes partidários negociaram a reconfiguração da composição da CPI. O acordo possibilitou a substituição de sete deputados pertencentes à ala mais radical da oposição e do Centrão por novos representantes.

Dentre as mudanças, está a saída de Magda e a entrada de Marreca Filho (Patriota-MA). Outros nomes que saíram da Comissão foram: Nicoletti (União-RR), Alfredo Gaspar (União-AL) e Coronel Meira (PL-PE).

Polêmicas da CPI

A CPI não foi somente palco de críticas a ministros e nomes ligados a Lula, mas também foi espaço para falas preconceituosas, machistas e gordofóbicas contra deputadas de esquerda. Um exemplo foi a sessão em que deputados comeram melancias para provocar G.Dias, ex-ministro do GSI.

Além disso, um dos casos mais polêmicos ocorreu na última quinta, 10, quando Zucco, presidente do colegiado, perguntou se a deputada Sâmia Bomfim (PSol) “estava nervosa” ou se gostaria de “um remédio ou um hambúrguer”.