A possível indicação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) desencadeia a disputa pela sucessão no Ministério da Justiça. Entre os nomes cogitados pelo governo, destaca-se Simone Tebet, atual ministra do Planejamento e advogada formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Especializada em Ciência do Direito pela Escola Superior da Magistratura e mestre em Direito do Estado pela PUC de São Paulo, Tebet surge como uma opção que poderia ajudar a amenizar críticas pela ausência de uma indicação feminina para o STF após a saída de Rosa Weber.

Além disso, outros nomes estão sendo considerados para o lugar de Dino. O advogado Marco Aurélio de Carvalho, do grupo Prerrogativas, conta com amplo apoio no PT, sendo filiado ao partido há 30 anos. Sua atuação na Operação Lava Jato foi considerada crucial para a libertação de Lula. Outra possibilidade é a nomeação do atual advogado-geral da União, Jorge Messias, para a Justiça, uma vez que ele figurava entre os favoritos de Lula para o STF. Essa movimentação, protagonizada pelo PT, indicaria uma compensação política para o grupo de apoio, com o secretário-geral da pasta, Ricardo Cappelli, surgindo como uma escolha natural e respaldada pelo próprio Dino para sucedê-lo.

O presidente Lula (PT) decidiu indicar o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), para uma cadeira no STF e Paulo Gonet para o comando da PGR (Procuradoria Geral da República). O anúncio deve ser feito nesta segunda-feira, 27, antes do embarque do petista para Arábia Saudita, segundo o jornal Estadão. Dino era considerado favorito ao posto desde outubro, quando Rosa Weber se aposentou do Supremo.

O ministro da Justiça, no entanto, enfrenta forte resistência de uma ala de senadores. Vale ressaltar que, antes de ser nomeado, o nome indicado por Lula terá de ser sabatinado e aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e, depois, pelo plenário da Casa.