Uma ala da bancada evangélica na Câmara dos Deputados tem se mostrado disposta a aproximar do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A movimentação deve se concretizar com volta do recesso parlamentar em agosto. A articulação acontece depois da troca de comando da frente parlamentar, que a partir de agosto será presidida pelo deputado Silas Câmara (Republicanos-AM).

Silas assume o lugar que atualmente é ocupado pelo deputado Eli Borges (PL-TO), ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Com a mudança, parlamentares que defendem aproximação com Lula acreditam que a troca gera uma abertura de diálogo com o Palácio.

Já a ala petista avalia que Silas Câmara é um parlamentar “pragmático” e de perfil “conciliador”. Por outro lado, o grupo do governo diz que Borges fechou a bancada para o diálogo com o Executivo devido sua proximidade com Bolsonaro.

Com isso, a expectativa para o segundo semestre é que integrantes da bancada evangélica reduza a oposição em pautas governistas no Congresso, com exceção das ideológicas.

Atualmente a bancada tem 132 deputados e 14 senadores, força suficiente para influenciar em qualquer votação na Câmara e no Senado.