Baixo desempenho tira fundo partidário do Novo, Patriota, Pros, PSC, PTB e Solidariedade

Contrário ao fundo partidário, o partido Novo viu sua bancada encolher de oito para apenas três deputados federais com os resultados das urnas. Com isso, não conseguiu atender aos requisitos da cláusula de barreira, que entrou em vigor nas eleições de 2018. Naquele ano, dos 32 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 10 perderam muitos direitos na Câmara dos Deputados, incluindo integração em comissões parlamentares.

Neste ano, com mais um escalonamento do desempenho, o número de legendas que perderam acesso às verbas públicas e tempo na propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão aumentaram. Para se ter ideia, apenas 13, alguns por causa de federações, conseguiram manter o acesso aos fundos públicos. Seis passaram a integrar a lista das legendas nanicas (Novo, Patriota, Pros, PSC, PTB e Solidariedade). Juntos, elegeram apenas 21 parlamentares. Com isso, vão perder cerca de R$ 140 milhões do fundo partidário ao ano.

O Pros, que sinalizou uma fusão com o Solidariedade, até setembro desde ano, já recebeu R$ 21 milhões de recursos públicos. A legenda ainda pode contar com parte dos recursos até o próximo ano. Os dados são do TSE. Com tanto dinheiro, o partido protagonizou uma disputa judicial pública, com a indefinição em relação ao lançamento da candidatura do influenciador Pablo Marçal para presidente da República. Sob a presidência de Eurípedes Júnior, o Pros apoia a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Marçal, o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Quando foram aplicadas as regras de barreiras nas eleições gerais anteriores, dez legendas ficaram sem recursos, dentre as quais: a Rede Sustentabilidade, que, mesmo com representantes no Congresso Nacional, não teve direito ao espaço para liderança e nem acesso ao tempo de propaganda no rádio e na TV. Agora, na federação com o PSOL e com dois deputados federais, volta a receber verbas e outros direitos.

Além desse caso, somente conseguiram superar a cláusula o PCdoB e o PV, com seis parlamentares cada um, em função da federação com o PT. Cidadania elegeu cinco deputados e teve desempenho de federação com o PSDB.