Alego: 85% dos deputados goianos apoiam Bruno Peixoto para prefeitura e Ronaldo Caiado para presidência

Se depender da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), tanto a Prefeitura de Goiânia quanto a Presidência da República já têm os nomes definidos: Bruno Peixoto (UB) e Ronaldo Caiado (UB). O presidente da casa e o governador foram os nomes mais citados em levantamento realizado pelo Jornal Opção junto aos deputados estaduais.

Com base no levantamento realizado, podemos interpretar que aproximadamente 85.71% das pessoas consultadas responderam que votariam nesses dois nomes. A deputada federal Adriana Accorsi e o presidente Lula também foram lembrados pelos parlamentares goianos da Alego, representando os 15% restantes do total. O atual prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicados) não foi lembrado por nenhum parlamentar ouvidos pela reportagem.

Importante ressaltar que não foram utilizadas técnicas estatísticas avançadas, com intervalos de confiança ou testes de hipóteses. O levantamento foi em forma de consulta simples – por telefone – e guardando o sigilo da fonte dentro de uma amostra do total dos 41 deputados.

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Pesquisas locais

Para a coluna Bastidores deste final de semana, Jornal Opção entrevistou três especialistas que estão conduzindo pesquisas quantitativas e qualitativas sobre a disputa pela prefeitura de Goiânia. Os especialistas, que preferem manter o anonimato, concordam que não é cedo para discutir a sucessão do prefeito Rogério Cruz. Eles destacam que o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Bruno Peixoto, do União Brasil, está impactando o cenário pré-eleitoral de forma significativa.

Segundo os pesquisadores, com base nos dados atuais, Bruno Peixoto é o único candidato da base governista com chances reais de chegar ao segundo turno. No entanto, eles ressaltam que ainda é prematuro afirmar com certeza quem é o favorito, pois os eleitores de Goiânia buscam um candidato moderno e anti-Rogério Cruz, sendo importante que seja proativo, presente e próximo das pessoas.

As pesquisas indicam que a deputada federal Adriana Accorsi (PT) possui um eleitorado mais fiel do que Vanderlan Cardoso, cujos eleitores são mais voláteis. Além disso, há uma certa insatisfação entre os eleitores evangélicos com Vanderlan Cardoso, relacionada à sua aliança com o PT em Brasília.

Os pesquisadores destacam que Bruno Peixoto está contendo o crescimento de Vanderlan Cardoso, especialmente entre os eleitores evangélicos. Eles sugerem que, em um segundo momento, há a possibilidade de Peixoto começar a desidratar a candidatura de Vanderlan, levando-o eventualmente a enfrentar Adriana Accorsi no segundo turno.

Um dado interessante é que os eleitores de Gustavo Gayer (PL) permanecem firmes em sua escolha. Na hipótese de um segundo turno sem Gayer, seus eleitores preferem apoiar Bruno Peixoto, recusando-se a compor com Adriana Accorsi ou Vanderlan Cardoso, que está sendo rotulado como “petista” pelos eleitores de direita.

Pesquisas nacionais

O mandatário estadual, por outro lado, pode disputar pela segunda vez a corrida pelo Palácio do Planalto em 2026, como fez em 1989. Homem de confiança de Bolsonaro, Caiado é um dos principais nomes da direita na atualidade. O político e até mesmo o ex-presidente já deram indícios que as eleições presidenciais podem ter um representante goiano. 

No segundo mandato consecutivo no comando de Goiás, Caiado não poderá disputar mais a reeleição. Voltar ao Senado também não parece algo entusiasmante para o mandatário, dando espaço ao sonho de chegar à presidência da República.

Segundo levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas entre os dias 6 e 10 de dezembro, em uma hipotética disputa presidencial, Caiado teria 37,8% das intenções de voto do eleitorado goiano contra 21,0% da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e 19,9% do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

A boa pontuação na sondagem é decorrência da avaliação do governador. Segundo o Paraná Pesquisas, 81,4% do eleitorado aprova a sua gestão, enquanto 13,6% desaprova e 4,9% não soube ou não quis avaliar.